Facebook vai remover conteúdos dos vândalos de Brasília e que apoiem golpe
Em decisão publicada na noite de domingo, 8, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as redes sociais identifiquem a removam conteúdos que promovam atos de vandalismo e incitem invasões a prédios públicos federais em todo o território nacional.
Além disso, as plataformas devem interromper, imediatamente, a monetização de perfis associados ao vandalismo ocorrido nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, e tiras do ar as transmissões que possam promover outras invasões e depredações de edifícios públicos em qualquer parte do País.
A medida atende a um requerimento da União, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), em decorrência da invasão ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e à sede do STF na tarde domingo. O despacho também indica que as redes sociais devem guardar, pelo prazo de 180 dias, “todos os registros capazes de identificar materialidade e autoria dos ilícitos praticados”.
Ao Tele.Síntese, a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, afirmou que está removendo os conteúdos solicitados pelo ministro.
“Antes mesmo das eleições, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e passamos a remover conteúdos que incentivam as pessoas a pegar em armas ou a invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios públicos”, afirmou a empresa, em nota.
“No domingo, também designamos este ato como um evento violador, o que significa que removeremos conteúdos que apoiam ou exaltam essas ações. Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos removendo conteúdos que violam nossas políticas”, complementou a Meta.
O Twitter também foi procurado pelo Tele.Síntese, mas, até o momento, não se pronunciou. De acordo com informações do “The Washington Post”, o microblog não conta mais com equipe de comunicação e de moderação de conteúdo no Brasil.
Segundo reportagem do jornal norte-americano, publicada nesta-segunda-feira, 9, o bilionário Elon Musk demitiu quase todo o corpo funcional que atuava no País, exceto alguns funcionários da área de vendas.
Também questionada sobre o despacho do ministro Alexandre de Moraes, a plataforma TikTok, até a publicação dessa matéria, ainda não respondeu como procederá com a remoção dos conteúdos de caráter golpista.