Winity já trabalha nas obrigações que precisa cumprir este ano
Enquanto a proposta de acordo entre Winity e Telefônica Vivo trava no Cade, a entrante no mercado nacional de rede móvel diz que já começou a cumprir as obrigações atreladas à aquisição da faixa de 700 MHz no leilão de 2021 da Anatel.
“A empresa reafirma que já trabalha para cumprir todas as obrigações estabelecidas no edital e que segue comprometida com a missão de construir infraestrutura de telecomunicações que levará conectividade a 55 mil km de rodovias e 625 localidades, beneficiando 6,2 milhões de pessoas nas regiões mais remotas do Brasil e 7,8 milhões de veículos que, diariamente, trafegam pelas rodovias federais sem cobertura”, diz a Winity em resposta a pergunta enviada pelo Tele.Síntese.
Até o final de dezembro, tem por obrigação atender apenas uma fração dos números citados, vale dizer. A empresa deverá cobrir em 2023 118 trechos de rodovias federais e levar conectividade móvel a 250 localidades atualmente sem o serviço. A Winity vai focar o mercado atacadista, então os serviços relacionados a estes compromissos serão ofertados por outras operadoras, em parceria.
A Superintendência-Geral do órgão aprovou, em maio, sem ressalvas a proposta para que a Vivo seja uma dessas parceiras. O acordo prevê que a Winity possa lançar mão da rede da Vivo para atender os compromissos. Em troca, a Vivo teria acesso a 5+5 MHz da faixa de 700 MHz em 1.120 cidades.
As associações Neo, Abrintel e Telcomp entraram com recurso, que foi acolhido pelo conselheiro Sérgio Ravagnani. Este prorrogou até meados de setembro a análise do negócio, deixando ainda mais curto o tempo que a Winity terá para atender aos compromissos atrelados à compra de espectro com infraestruturas incluídas no acordo, se os termos forem aprovados.
A empresa diz ter plena confiança de que a decisão do Tribunal do Cade seguirá o entendimento da Superintendência-Geral.
” A Winity segue acompanhando o andamento do processo no CADE após a decisão da Superintendência Geral que recomenda a aprovação, sem restrições, dos acordos celebrados com a Telefônica. A empresa entende que os pontos levantados nos recursos já constam no parecer da Superintendência, e confia que, após uma análise cuidadosa do caso, o Tribunal confirmará a aprovação da operação”, diz em nota enviada a Tele.Síntese.
Acrescenta que coopera com a autarquia e com a Anatel “para endereçar quaisquer preocupações e dar continuidade ao seu projeto de construir infraestrutura de telecomunicações compartilhável com toda a indústria, atendendo principalmente ao interesse público e aos milhões de brasileiros ainda não conectados”.