Oi recebe empréstimo de US$ 135,8 milhões para cobrir dívidas de curto prazo

Previsto no plano de recuperação judicial, empréstimo-ponte decorre do financiamento DIP original; operadora ainda tem US$ 655 milhões para captar junto a credores
Oi capta empréstimo-ponte de US$ 135 milhões junto a credores
Empréstimo de curto prazo já foi captado pela Oi; mais US$ 655 milhões estão previstos no plano de recuperação judicial (crédito: Oi)

A Oi informou, por meio de fato relevante divulgado na manhã desta sexta-feira, 17, que recebeu os valores referentes ao empréstimo-ponte previstos no Plano de Recuperação Judicial (PRJ). Os recursos têm o objetivo de gerar liquidez para que a companhia possa cumprir as obrigações de curto prazo.

O montante acordado com credores financeiros é de quase US$ 135,8 milhões (aproximadamente R$ 694 milhões). Até o momento, US$ 133,7 milhões já foram desembolsados. A previsão é de que os US$ 2,1 milhões restantes sejam transferidos ainda nesta sexta-feira.

Em comunicado, a Oi ressaltou que a operação corresponde à quarta tranche do empréstimo original DIP (sigla em inglês para debtor in possession), uma modalidade de financiamento específico para empresas em recuperação judicial, com a finalidade de cobrir os desfalques no fluxo de caixa.

Durante a assembleia geral de credores em que o plano de recuperação foi aprovado, em abril, a companhia indicou que o empréstimo seria concedido, preferencialmente, pelos credores do financiamento DIP original.

A Oi ainda deve captar um financiamento de US$ 655 milhões (R$ 3,34 bilhões) com credores, conforme cláusulas previstas no programa de recuperação da empresa. Desse total, até US$ 505 milhões devem ser concedidos pelo credor Ad Hoc Group. Sendo assim, US$ 150 milhões, de acordo com o plano, devem ser providenciados por outra organização – provavelmente, a V.tal.

Paralelamente à captação de recursos, a Oi segue em busca de compradores para a ClientCo, a carteira de clientes de banda larga via rede de fibra óptica. A V.tal, inclusive, já manifestou que pode comprar a unidade em segunda rodada, caso as ofertas iniciais não contemplem os valores de venda previstos no plano da Oi.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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