Oi pega empréstimo de US$ 300 milhões com BTG para pagar credores

Financiamento tem o objetivo de substituir o empréstimo anterior, captado em junho com um conjunto de credores, e reforçar o capital de giro da empresa; operação precisa ser aprovada pelo juízo da recuperação judicial
Oi pega empréstimo com BTG Pactual para pagar credores
Empréstimo do BTG à Oi precisa de aprovação da Justiça (crédito: Reprodução)

A Oi informou, por meio de fato relevante publicado na madrugada desta terça-feira, 26, que firmou um acordo de empréstimo no valor de US$ 300 milhões (aproximadamente R$ 1,49 bilhão) com o banco BTG Pactual. O crédito foi concedido na modalidade “debtor in possession” (DIP).

Segundo o comunicado divulgado ao mercado, o novo financiamento tem o objetivo de substituir o empréstimo captado pela tele com um conjunto de credores em junho.

À época, a operação valia como primeiro tranche do financiamento DIP e tinha levantado US$ 200 milhões. Estava previsto que a Oi poderia captar mais US$ 75 milhões, uma vez que tinha sido autorizada pela Justiça a se financiar em US$ 275 milhões. No entanto, o segundo tranche não foi realizado e o prazo terminou no dia 7 de setembro.

A intenção da Oi, com o empréstimo com o BTG, é pagar integralmente o montante devido para quitação completa do financiamento anterior. O saldo remanescente deve ser usado como capital de giro e para cobrir os custos de manutenção das atividades da operadora.

O novo financiamento DIP consiste em uma operação única de US$ 300 milhões, com taxa de juros de 13% ao ano, sendo 6% PIK e 7% cash. No vencimento, o custo efetivo total é de 20% ao ano. O prazo de vencimento é o dia 15 de dezembro de 2024.

A operação tem como garantia a alienação fiduciária de 95% das ações de emissão da V.tal, cujo sócio majoritário, após a Oi ter vendido parte das ações da unidade de fibra óptica, é o próprio BTG Pactual.

De todo modo, a conclusão do novo financiamento depende de aprovação do juízo responsável por acompanhar a segunda recuperação judicial da Oi. Neste caso, a decisão precisa ser favorável à substituição dos empréstimos e à alienação fiduciária das ações da V.tal.

“Neste novo contexto, a Companhia continuará engajada em negociações mais amplas com os seus principais credores, buscando a aprovação necessária e mais célere possível, em Assembleia Geral de Credores a ser convocada pelo juízo da RJ, de uma proposta revisada de Plano de Recuperação Judicial”, destacou a Oi, no comunicado.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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