Efeito cambial eleva em 40% o lucro da Ericsson no 2º tri

Fabricante registrou retração na América Latina, em função da pandemia de Covid-19

A fabricante de equipamentos de rede Ericsson divulgou hoje, 17, os resultados financeiros do segundo trimestre. A companhia registrou no período um aumento de 40% no lucro líquido, que somou 2,6 bilhões de coroas suecas, o que equivale a US$ 287,6 milhões. Esse aumento se deveu à variação cambial, com desvalorização de moedas mundo afora e valorização da coroa sueca em relação ao dólar. Sem contabilizar esse efeito, o lucro da companhia seria o mesmo que o apurado em igual trimestre de 2019.

As vendas da empresa somaram o equivalente a US$ 6,16 bilhões, expansão de 1% sobre o segundo trimestre do ano passado. E houve ligeira melhora na margem bruta, de 36,6% para 37,6%. O lucro operacional cresceu 3%, para US$ 430 bilhões.

O CEO da companhia, Borje Eckholm, lembrou que os resultados vieram apesar da baixa contábil de estoques de equipamentos na China e de contratos deficitários firmados no gigante asiático. Esse contratos, lembrou, são estratégicos e serão rentáveis a partir do futuro. A empresa já havia avisado o mercado a esse respeito.

Por segmento de atuação, a companhia registrou crescimento de 5% das receitas com produtos de rede – seu principal negócio. Em serviços digitais, houve queda de 5% no faturamento. Também houve retração de 12% em serviços gerenciados e de 4% em novos negócios.

Considerando as regiões do globo, houve queda nas vendas na América Latina. O motivo foi a pandemia de Covid-19, que refreou investimentos das operadoras, e as condições macroeconômicas dos países da região. Em serviços gerenciados, segmento com maior retração, o impacto se deveu à fusão da T-Mobile com a Sprint, o que eliminou um cliente da carteira da fabricante.

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Rafael Bucco

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