Edital de continuidade do leilão da Oi Fibra não terá publicação imediata
Acabou oficialmente nesta terça, 6, às 16h, a primeira rodada do leilão de venda da ClientCo da Oi, a Oi Fibra, unidade de serviços de banda larga FTTH da operadora. A juíza Caroline Rossy recebeu a negativa dos credores para a oferta de R$ 1,03 bilhão feita pela Ligga Telecom, e determinou o fim deste ciclo. A segunda rodada, no entanto, ainda não foi marcada.
Conforme apurou o TS, a expectativa é que o edital saia ainda em agosto, mas no fim do mês. Isso porque há etapas que precisam ser cumpridas. A própria Oi precisará divulgar ao mercado o encerramento oficial da primeira rodada e elaborar a proposta de minuta do edital para segunda fase do certame.
Esta minuta será enviada para os credores qualificados – os mesmos que analisaram e recusaram a proposta da Ligga. Eles vão ler a minuta e dizer se concordam com os termos. O Ministério Público poderá opinar antes de o texto com a data ser referendado e ter a publicação determinada pela magistrada.
Recuperação judicial
A venda da Oi Fibra é uma da iniciativas definidas pela Oi no Plano de Recuperação Judicial aprovado em abril. A companhia avalia o negócio em R$ 7,3 bilhões. Na primeira rodada de venda, no entanto, não apareceram interessados que concordassem com este valuation. A Oi Fibra tem 4,3 milhões de clientes, equipamentos na casa dos clientes e contratos de uso da infraestrutura da V.tal em todo o Brasil.
O plano de recuperação prevê que parte do dinheiro levantado com a venda será destinado ao pagamento de credores qualificados, que se comprometeram em aportar recursos novos na companhia.
Além da ClientCo, há previsão no plano para a venda das ações detidas pela Oi na V.tal. A empresa de rede neutra é controlada por fundos geridos pelo banco BTG Pactual, mas a tele é dona de 17,5% do capital social.
A V.tal se comprometeu a comprar a Oi Fibra na segunda rodada do leilão da Oi Fibra, condição que levou os credores a concordarem com o plano de recuperação proposto em abril. A compra, no entanto, deve se basear na troca de ações – o que aumentará a fatia da Oi na V.tal para 27,5% -, e cessão de créditos, uma vez que a empresa é também credora.