Governo propõe aumento de 21% a servidores da Anatel. Negociações continuam.
Representantes do governo federal e do Sinagências, o sindicato dos servidores de agências reguladoras (incluindo Anatel), reuniram-se nesta quinta, 11, para negociar aumento e reposição do quadro de pessoal. Os técnicos reclamam de salários e benefícios defasados, de sobrecarga, e ameaçam entrar em greve. A proposta informal ouvida prevê elevação de cerca de 21,4% no salário do funcionário de carreira. Será formalizada, informou a entidade, nesta sexta-feira, 12.
Para o presidente do Sinagências, Fábio Rosa, a proposta ainda é insuficiente e não resolve a disparidade entre os ganhos de outras categorias do funcionalismo federal. “Amanhã, vamos avaliar a proposta formalizada, e então marcar a assembleia para decidir o próximo passo”, afirmou ele na saída da reunião, nesta tarde, em Brasília (DF).
Segundo ele, todos os ministros do governo oficiaram apoio às demandas dos técnicos das agências ao Ministério da Gestão. Atualmente, há uma diferença de 30% entre os ganhos dos funcionários das agências e de outros órgãos do governo, afirma.
Rosa diz que a intensificação do movimento grevista pode acontecer, a depender no andamento das tratativas e do que for decidido na assembleia que ainda será marcada. “Conseguimos apoios dos ministros, dos dirigentes das agências e dos setores regulados, que reconhecem a importância do nosso trabalho. Avançamos na mobilização da categoria. Se a regulação parar, este país vai parar”, afirmou.
Nesta quinta-feira, o Sinagências divulgou ainda o plano de ação dos servidores da Anatel para forçar as negociações junto ao governo e atendimento das demandas de equiparação. O material prevê sete iniciativas. Estas vão da entrega de cargos a pedidos de dilação de prazos processuais, postergando decisões. Também há a previsão de manifestações e não realização de reuniões com regulados, a fim de que estes pressionem o governo por uma solução. Os servidores da agência esperam demonstrar, com tais medidas, que o quadro de pessoal está deficitário e não atende à real demanda da sociedade.