Negociações entre Vivo e Anatel no TCU terminam este mês

Após, acordo precisa do crivo do Conselho Diretor da Anatel e do Plenário do TCU, para vigorar. Gebara não descarta fatiamento do processo, com retomada da arbitragem, como aconteceu com a Oi, mas diz preferir solução total agora.

Christian Gebara, presidente da Vivo

As negociações travadas entre Vivo e Anatel perante o Tribunal de Contas da União (TCU), na sua Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos, estão previstas para chegarem a termo ainda neste mês de maio, revelou o CEO da companhia, Christian Gebara nesta quarta-feira, 8, em coletiva de imprensa.

Após isso, o termo será enviado então para análise do Conselho Diretor da Anatel, do Ministério Público, e finalmente, apreciado no Plenário do TCU, para então ser implementado (caso aprovado por todos).

Conforme Gebara, a Vivo trabalha com vários cenários possíveis para o desfecho dessas negociações com a Anatel no TCU. Iniciadas em substituição a arbitragem sobre o valor da concessão de telefonia fixa, seu desequilíbrio econômico e sustentabilidade, as conversas podem ser segmentadas, como aconteceu com a Oi, observou. Isso ainda não está definido, e por ora, trabalha-se com a possibilidade de solução total no âmbito do TCU, mas estuda-se a possibilidade de retomar a arbitragem para resolver parte da equação.

Uma solução total representaria a definição do valor da migração da concessão de telefonia fixa do regime público para o regime privado, bem como definiria compensações à empresa (ou obrigações de investimento) em função do cálculo do saldo de compromissos de universalização e desequilíbrio econômico do serviço de telefonia fixa.

A outra possibilidade, a exemplo do que aconteceu com a Oi, prevê um acordo acerca do preço de adaptação da concessão, contendo uma parcela de compromissos de investimentos a ser assumida pela empresa; e outra parcela de investimentos que estaria condicionada ao resultado da arbitragem, uma vez que esta seria retomada.

Se dependesse exclusivamente do executivo, o assunto seria completamente resolvido no TCU. “Seria bom um resultado onde tudo já estivesse considerado”, comentou.

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Rafael Bucco

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