Tributos fazem call centers migrarem de São Paulo para o Nordeste

Em seis anos, a participação da cidade nesse segmento de mercado caiu 5% e deve continuar a cair, prevê estudo.

shutterstock_HABRDA_callcenter_economiaDesde 2010 vem ocorrendo um forte e constante movimento migratório de companhias com operações de Contact Center, que deixam de atuar em São Paulo em busca de melhores condições fiscais no interior do estado e em outras regiões do País para o desenvolvimento de suas atividades.

Recente estudo encomendado pelo Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark), com a participação de 628 entre as mil maiores empresas com operações de call centers em âmbito nacional, revela um constante movimento migratório de companhias que deixam São Paulo em busca de melhores condições fiscais no interior do estados e em outros regiões do país. E o principal destino dessas corporações tem sido a região Nordeste.

De acordo com o levantamento, realizado pela E-Consulting Corp., São Paulo tinha, em 2010, 62% das operações do segmento, passando para 56,7% em 2017 – uma queda de mais de 5% de representatividade, com consequente perda na arrecadação e fechamento de postos de trabalho. Por outro lado, o Nordeste, que contava com 9% das atividades, chegou a 13,9% no ano passado e neste ano segue em 11,4%. A região Sul se mantém estável, em torno de 21%.

Estima-se que, para os próximos anos, caso as alíquotas de impostos permaneçam inalteradas, a participação de São Paulo seja reduzida em até 10%.

“Impostos como ICMS e ISS na capital, que são significativamente maiores que em outras regiões do país, acabam incentivando este movimento migratório, gerando sucessivas perdas para um setor que já sofre com baixas margens de lucratividade e dificuldades de recuperação econômica”, ressalta o diretor-executivo do Sintelmark, Stan Braz.

Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting e coordenador geral do levantamento, acrescenta que o êxodo das operações de call center cresce por conta de custos menores de implementação, gestão e operação enxutas, além de eventuais incentivos fiscais e parcerias estabelecidas com prefeituras e/ou governos estaduais. (Assessoria de Imprensa)

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Da Redação

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