TikTok faz demissão em massa e direciona moderação para IA

Plataforma de vídeos cortará centenas de empregos em todo o mundo, sobretudo funcionários da equipe de moderação de conteúdo; segurança será cada vez mais transferida à IA
TikTok anuncia demissão em massa sobre a equipe de moderação
Demissão do TikTok recai sobre a equipe de moderação (crédito: Freepik)

O TikTok vai realizar demissão em massa atingindo funcionários em diversas partes do mundo. O corte deve alcançar, principalmente, empregados que trabalham em tarefas de moderação de conteúdo.

A plataforma de vídeos curtos não informou o número de funcionários que planeja demitir, mas reportagens veiculadas na imprensa internacional apontam que ao menos 700 vagas serão extintas só na Malásia.

Os funcionários que serão demitidos começaram a ser informados sobre o desligamento na quarta-feira, 9, por e-mail. À Reuters, o TikTok disse que “várias centenas de funcionários” devem ser afetados globalmente como parte de um plano de reestruturação de suas atividades de moderação.

O aplicativo utiliza uma combinação de detecção automatizada e moderadores humanos para revisar conteúdos postados em sua plataforma. Com o corte, a empresa planeja reforçar o uso de Inteligência Artificial (IA) nessas operações.

Segundo informações da ByteDance, controladora do TikTok, a empresa tem mais de 110 mil funcionários em mais de 200 cidades em todo o mundo.

A plataforma planeja investir mais de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 11,24 bilhões) globalmente em sistemas de confiança e segurança no consolidado deste ano. A expectativa é de que 80% dos conteúdos impróprios sejam removidos por tecnologias automatizadas.

Na mira das autoridades

O TikTok vem sendo alvo de processos mundo afora. No início deste mês, a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), solicitou informações sobre o algoritmo do aplicativo, para verificar se o sistema atua para mitigar riscos para os usuários, incluindo os relacionados a eleições e pluralismo de ideias.

Nos Estados Unido, além de uma lei que pode levar ao banimento da plataforma em janeiro do ano que vem, as autoridades acusam o app de violar a privacidade de crianças no ambiente online, incluindo a retenção de dados sem notificação ou consentimento dos pais.

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Da Redação

A Momento Editorial nasceu em 2005. É fruto de mais de 20 anos de experiência jornalística nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e telecomunicações. Foi criada com a missão de produzir e disseminar informação sobre o papel das TICs na sociedade.

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