Temer nomeia Laerte Rimoli presidente da EBC

Jornalista foi coordenador de campanha de Aécio Neves à presidência e diretor de comunicação da Câmara durante a presidência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

O presidente interino Michel Temer nomeou nesta sexta-feira, 20, Laerte Rimoli diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Rimoli coordenou em 2014 a campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência.  Ele foi empossado na manhã de hoje, juntamente com jornalista Christiane Samarco, que ocupará a diretoria-geral da empresa.

Entre outros cargos, Rimoli também ocupou a diretoria de comunicação da Câmara dos Deputados enquanto Eduardo Cunha (PMDB-SP) era presidente da Casa. Cunha foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal.

O jornalista substitui outro, Ricardo Melo, nomeado pela presidente afastada Dilma Rousseff. Sua exoneração causou reação do Conselho Diretor da EBC, do Conselho Curador, e de produtores audiovisuais. Melo recorre à Justiça para reverter a demissão, sob a alegação de que deveria cumprir mandado de quatro anos, conforme a lei que criou a EBC. Ele tem apoio de parlamentares, que ontem entregaram ao Procurador-Geral da República, Ricardo Janot, representação criminal contra Temer e Eliseu Padilha. No texto, afirma que exoneração é ilegal.

Na posse, à Agência Brasil, do grupo EBC, Rimole disse: “Nós vamos devolver esta empresa para a sociedade brasileira e vamos fazer o básico, que é jornalismo. Jornalismo como nós todos conhecemos, arroz com feijão. A empresa não pode servir a outros propósitos que não seja o propósito da informação”, disse. Prometeu destinar 70% dos cargos de diretoria a funcionários de carreira da casa. “Então vocês não verão mais jabutis aqui dentro, vocês verão jornalistas e pessoas comprometidas com essa estrutura que foi muito maltratada esses anos todos”, completou Rimoli.

Formado pela Universidade Federal de Goiás, o jornalista foi diretor regional da TV Globo, no Rio de Janeiro, e chefe da assessoria de Comunicação Social do Ministério do Esporte e do Turismo durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Por sua atuação na época, foi condenado pelo TCU a devolver cerca de R$ 70 mil ao Tesouro devido à emissão de notas frias.

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Rafael Bucco

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