Telefônica Vivo tem lucro de R$ 5 bilhões em 2023, alta de 23%

Resultado da Telefônica Vivo em 2023 mostra crescimento do 5G e do pós-pago, expansão da fibra a mais cidades e aquisição de quase 700 mil clientes em banda larga fixa ao longo do ano. Segundo empresa, condições macroeconômicas ajudaram.

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A Telefônica Vivo divulgou nesta terça-feira, 20, o resultado do ano de 2023, no qual registrou lucro líquido de R$ 5 bilhões, uma alta de 23,1% em relação a 2022. No relatório de resultados, a companhia credita esse crescimento ao desempenho operacional, em que registrou aumento da base de usuários, tanto no varejo como no segmento corporativo, e redução da unidade relacionada à concessão de telefonia fixa.

Segundo o material, o cenário macroeconômico contribuiu. “O crescimento econômico superou as expectativas, impulsionado por uma safra recorde e consumo interno resiliente”, informa.

Com bons ventos, a empresa colheu crescimento de 8,4% nas receitas do ano, que somaram R$ 52,1 bilhões. O resultado  foi puxado por receitas de celular pós-pago, seguida pelos serviços de FTTH (banda larga em fibra óptica), dados corporativos e TICs.

O EBITDA da companhia foi de R$ 21,3 bilhões em 2023, alta de 10,6%. A margem subiu 0,8 p.p., para 40,9%. Os investimentos totalizaram R$ 8,95 bilhões, 6% a menos que em 2022, mas ainda um valor relevante, equivalente a R$ 17,2% da receita operacional. A maior parte dos investimentos foi direcionada à expansão da fibra e do 5G. O sinal de quinta geração da operadora abrange o equivalente a 47% da população, e existia em 173 cidades.

Mercado móvel

A receita com serviços móveis cresceu 10,9% em 2023. O pós-pago cresceu 13,1% em faturamento, incluindo na conta produtos IoT/M2M. Já o pré-pago cresceu menos, apenas 1,5% na comparação anual. Segundo a companhia, isso reflete a migração para planos controle, que são considerados pós-pago. O pós representa hoje 82% da receita móvel.

A receita líquida da empresa com serviço móvel somou R$ 36,6 bilhões em 2023. Com o pós, R$ 27,3 bilhões. Com o pré, R$ 5,8 bilhões. A Vivo também ampliou as vendas de dispositivos eletrônicos em 11,2%, para R$ 3,4 bilhões.

A companhia terminou 2023 com 99,1 milhões de clientes móveis, sento 37,3 milhões pré-pagos, e 61,8 milhões pós-pagos.

Negócio fixo

O negócio fixo da empresa cresceu 3,1% em receitas, que somaram R$ 15,4 bilhões. O desempenho foi puxado pela expansão da fibra óptica até a casa do cliente (FTTH). Esse tipo de serviço faturou R$ 6,19 bilhões em 2023, alta de 15,9%.

O crescimento da fibra se deveu à aquisição de 692 mil novos clientes e a reajuste anual de preços. Segundo a Vivo, a combinação com planos móveis pós-pagos puxou as vendas da banda larga fixa em fibra nas lojas próprias da empresa.

Parte dos clientes vieram de serviços FTTC (fibra até o armário), que encolheu 50,7% em receitas, mas tem baixa participação geral nos resultados.

As receitas com IPTV da Vivo permaneceram estáveis em R$ 1,47 bilhão. A geração de receitas com dados corporativos e TIC aumentou 15,7% no ano, e somou R$ 4,3 bilhões.

Ao todo, a Vivo encerrou o ano com 6,2 milhões de assinantes FTTH, e 26,2 milhões de casas passadas em 443 cidades. Considerando todos os acessos fixos (fibra, IPTV, vox fixa, xDSL e DTH), a empresa terminou o ano com 13,9 milhões de contratos. A base de clientes xDSL foi praticamente toda convertida em fibra, e restam para 2024 236 mil assinantes do tipo.

Resultado do 4º trimestre

Considerando apenas o 4º trimestre de 2023, a empresa apresentou receita operacional líquida de R$ 13,5 bilhões, alta de 6,9%. No móvel, cresceu 8,4%, para R$ 9,6 bilhões. E no fixo, 9,5%, para R$ 3,14 bilhões. O EBITDA do trimestre aumento 9,9%, comparado ao mesmo período de 2022, para R$ 5,75 bilhões, e a margem alcançou 42,5%, alta de 1,1 p.p. O lucro líquido ficou em R$ 1,6 bilhão.

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Rafael Bucco

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