Telefônica defende mudança no ritmo de regularização de postes

Telefônica diz que é possível reduzir o ritmo de regularização de 3% dos postes desordenado ao ano para 1%, sem com isso onerar as operadoras

Telefónica

A Telefônica Brasil defende que a regularização de postes em uso pelo setor de telecomunicações seja feita de forma mais lenta do que a presente na proposta na consulta pública encerrada ontem, 18.

Pela minuta original, elaborada por Aneel e Anatel, o plano de regularização de postes será feito ao ritmo de 2% ao ano, no mínimo, e 3% ao ano, no máximo.

Para a Telefônica, o ideal é que o percentual seja de 1% ao ano no máximo. Segundo ela, esse índice busca “adequar o ritmo de reordenamento à capacidade operacional das prestadoras”.

A tele cita estudo da consultoria KPMG, pelo qual há no país 5,4 milhões de postes previstos para reordenamento. Número diferente dos 12 milhões utilizados pelos reguladores para elaborarem a minuta. Ao ritmo de 1% ao ano, a Telefônica diz que seria possível regularizar os 5,4 milhões de postes em 10 anos.

A empresa não está sozinha nessa solicitação. A contribuição enviada pela Conexis e pela Oi tratam também da questão e consideram que o ritmo de até 3% ao ano é muito dispendioso às operadoras. A Telefônica, aliás, subscreve integralmente os comentários enviados pela Conexis, entidade setorial da qual é integrante.

Participação ativa

A Telefônica defende ainda em sua contribuição que o setor de telecomunicação participe ativamente dos planos de regularização de postes. A empresa também enviou suas contribuições à consulta pública realizada por Anatel e Aneel a respeito do uso compartilhado de postes.

A minuta colocada em consulta prevê que as distribuidoras de energia vão definir todo ano um plano de regularização de postes, prevendo a organização dos cabos em infraestruturas sobrecarregadas, identificação das operadoras e provedores usuários de pontos de fixação e adequação de quem estiver irregular.

Para a Telefônica, porém, as operadoras de telecomunicações não podem ficar de fora dessa definição. “Ainda que as Exploradoras de Infraestrutura detenham o controle do ativo e sejam responsáveis pelo mapeamento e monitoramento do mesmo, as prestadoras possuem conhecimento técnico e operacional concernente às suas
redes aéreas que, agregados aos demais, proporcionam uma visão mais ampla sobre a necessidade de regularização dos postes presentes em uma determinada região”, afirma a tele.

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Rafael Bucco

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