
Telebras registra prejuízo de R$ 62,6 mi no 1º trimestre
Receita da estatal subiu 86,7%, mas custos também avançaram em 49,6% no período
Receita da estatal subiu 86,7%, mas custos também avançaram em 49,6% no período
Viasat venderá banda larga residencial, corporativa e para o setor de aviação civil em modelo de revenue share com a Telebras. Também fornecerá a infraestrutura para o programa federal Gesac.
Estatal deve publicar amanhã, sexta-feira, 09, o edital para venda dos lotes de capacidade do satélite. Empresas vencedoras do leilão terão de oferecer conectividade em todos os feixes, por todo o país. Quem não o fizer terá de devolver o feixe ocioso para redistribuição.
Conforme Andre Borges, todas as operadoras de telecom poderão participar dos leilões reversos, e aquela que ganhar o lote será financiada pela concessionária, que é a que terá o dinheiro a ser liberado com o fim das metas impostas na concessão e universalização da telefonia fixa.
A área técnica da Anatel já concluiu os estudos, que começarão a ser encaminhados para a avaliação do Conselho Diretor, sobre quais deverão ser as frequências a comportar as novas demandas por comunicação de dados da 5G. Voltará para a pauta a faixa de 3,5 GHz e novas propostas no mínimo ousadas, como TDD móvel. As informações foram divulgadas por Agostinho Linhares, gerente de frequência.
O engenheiro Jorge Bittar, ex-presidente da Telebras, e ex-deputado, em entrevista ao Tele.Síntese, rebate as críticas feitas ao projeto do satélite desenvolvido em sua gestão, e aponta para o que considera os graves erros do atual modelo de exploração do SGDC, proposto pela nova gestão. Para Bittar, a Telebras está abdicando de seu papel público ao entregar 80% de sua capacidade ao setor privado e sem cobrar qualquer contrapartida ou meta de universalização.
A Telebras terá que detalhar, entre outros, de que maneira irá medir o atendimento por parte das operadoras privadas aos objetivos do PNBL.
O diretor de operações da Telebras, Jarbas Valente, em longa entrevista ao Tele.Síntese (que pode ser lida na íntegra) fez inúmeras afirmações instigantes. Entre elas, que o TCU aprovou o modelo de venda do satélite; que o Executivo não deu qualquer orientação para a estatal deixar de atender órgãos do governo; que a banda reservada à Telebras vai atender também governos estaduais e municipais; que a Telebras não é governo para estabelecer meta de cobertura em edital; e que PNBL manda apenas atender a demanda por banda larga, e demanda "social" virá com antena de WiFi.
O diretor de operações da Telebras, Jarbas Valente, afirma que a capacidade do satélite reservada à Telebras irá possibilitar a empresa a conectar 2 mil cidades brasileiras além das escolas, postos de saúde e segurança. E prevê o interesse de pelo menos três grupos privados na compra da capacidade restante.
É com esse dispositivo que a Telebras espera que as operadoras privadas que comprarem capacidade satelital do SGDC venham a atender as demandas sociais por conexão à internet. Resta saber como vai fiscalizar atendimento a objetivos.
Segundo Gilberto Kassab, não é objetivo da Telebras arrecadar, com o leilão, os R$ 2 bilhões que o governo gastou na construção do satélite.
Cai ritmo de de redução do custo da banda larga no país, que perdeu posições em ranking internacional com 58 países.
O ministro da Ciência e Tecnologia e Comunicações avalia que este ano o projeto 3453, que muda o marco de telecom, só deve ser aprovado na Câmara, ficando para o próximo ano a sua tramitação no Senado.
MCTIC vai usar recursos de TACs e das licenças de migração das concessionárias para o regime privado para financiar políticas públicas de banda larga. Cálculo deverá considerar o valor presente das concessões, e não apenas o dos bens reversíveis.
Ministro das Comunicações André Figueiredo reiterou que programa será lançado na próxima semana. Iniciativa será instituída por decreto.