Sprint espera decisão da justiça para concluir fusão com T-Mobile em dezembro

Com a fusão, afirma Geldemacher, a nova operadora vai investir US$ 40 bilhões para levar a 5G para todo os Estados Unidos. Hoje a Sprint tem a nova tecnologia em nove cidades.

Los Angeles –  Após o sinal verde da FCC (Federal Communications Comission), no dia 16 passado, a fusão entre a as duas operadoras norte-americanas  Sprint e T-Mobile (terceira e quarta colocadas no mercado móvel local) depende agora da Justiça, informou hoje, durante o MWC, Jan Geldmacher, presidente da Sprint Business. Segundo ele, no dia 9 de dezembro, a justiça irá julgar o processo que a empresa move contra os procuradores-gerais de 19 estados que se uniram contra a operação. ” Estamos esperando essa última decisão para podermos continuar com a fusão”, afirmou o executivo.

A fusão das duas empresas já tinha sido aprovada pelo DOJ (o Departamento de Justiça) em julho deste ano, depois que as operadoras fizeram um spin off de suas empresas de celular pré-pago. A nova empresa será chamada de new T-Mobile e tem um valor de mercado de US$ 43 bilhões.

Conforme o executivo, somente com essa operação a nova empresa conseguirá levar a 5G para todo o território norte-americano. Atualmente, a Sprint  está com operação de 5 G em 9 cidades do país, iniciada no primeiro semestre deste ano.

Geldmacher disse, na conferência, que as duas empresas irão investir US$ 40 bilhões para instalar a infraestrutura de 5G por todo o país e usa a tecnologia mimo massiva (que permite enviar sinais de dados múltiplos ao mesmo tempo) para espalhar a rede até mesmo nas áreas rurais, onde pretenderá chegar. E afirmou que o espectro que as duas operadoras possuem é suficiente para essa empreitada, fazendo com que a empresa não fique dependente das frequências milimétricas.

Juntamente com o plano de dados 5G que comercializa nessas 9 cidades, a Sprint oferece o streaming de vídeos do Netflix Prime e  Hulu e uma biblioteca de jogos eletrônicos para o celular.

Games

Conforme o executivo, os games são uma das apostas da operadora para a massificação da 5G. “Enquanto a Hollywood box gera US$ 12 bilhões por ano, os games geram US$ 30 bilhões. Segundo ele, nos Estados Unidos, 93% dos usuários que têm smartphone acessam os jogos eletrônicos e a idade média desse jogadores é de 32 anos.

jornalista viajou a convite do MWC

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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