Setor de telecom também contesta decisão de Temer em reonerar folha previdenciária

Para a Febratel, aumento na alíquota que incide sobre a folha de pagamento do setor de TI vai gerar um efeito cascata e repercutir também nas teles, obrigando-as a elevar os preços ao consumidor.

shutterstock_ollyy_imposto_regulacao_negocios_competicao_desempenhoA Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel) se juntou ao coro das empresas que rechaçam a reoneração da folha previdenciária como uma das medidas de ajuste fiscal do governo de Michel Temer. A entidade divulgou seu apoio ao setor de TI, que na semana passada publicou um manifesto afirmando que o resultado da medida do governo seria retração e aumento das demissões.

No final de março, o governo publicou medida provisória que determinou o fim da desoneração tributária sobre a folha de pagamento das empresas de TI nacionais. O setor recolhia 4,5%, mas conforme a MP, deverá recolher 20% a partir de julho.

“Tais mudanças afetarão negativamente toda a cadeia de valor da prestação de serviços de telecomunicações, da indústria aos ‘call centers’, pois as soluções com tecnologia da informação são a ela essenciais. Essa reoneração, somada à já insuportável carga tributária incidente sobre o serviço essencial das telecomunicações, penalizará ainda mais seus usuários”, atesta a Febratel.

Na última semana, o ministro Gilberto Kassab (MCTIC) afirmou estar convencido dos impactos negativos da reoneração sobre o setor de TI, e disse que iria levar a demanda das entidades ao governo para uma reavaliação.

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Da Redação

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