Sete em cada 10 operações bancárias em 2021 eram digitais

Pesquisa da Febraban mostra que operações por mobile e internet banking alcançaram 70% das 119,5 bilhões de transações no ano passado.
Sete em cada 10 operações bancárias em 2021 eram digitais - Crédito: Freepik
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Sete em cada dez operações bancárias feitas no Brasil em 2021, de um total de 119,5 bilhões de transações, foram realizadas pela internet e pelo celular, revela o terceiro volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022, conduzida pela Deloitte. O resultado foi impulsionado pelo crescimento de 28% nas operações com smartphones, que totalizaram 67,1 bilhões e representam 56% do total. As transações por internet banking aumentaram 6%.

A movimentação financeira pelo celular teve crescimento de 75% no ano passado, passando de 9,3 bilhões de transações para 16,3 bilhões de operações. A pesquisa também revela que as transações relacionadas a pagamentos cresceram 72% no mobile banking.

A abertura de contas correntes feitas pelos canais digitais em 2021 chegou a 10,8 milhões, expansão de 66% ante o ano anterior. Pela primeira vez, a abertura de contas pelos meios eletrônicos foi maior que nos canais físicos, que totalizaram 9,9 milhões, 16% a mais do que em 2020.

Pix

De acordo com o levantamento, no período entre março de 2021 e março de 2022, o número de usuários que pagaram mais de 30 Pix por mês cresceu 809%, enquanto a base geral de usuários cadastrados cresceu 72%. Já a base de usuários que receberam mais de 30 Pix por mês avançou 464%.

O levantamento detectou que o ritmo de expansão de recebimento de mais de 30 Pix por mês em pessoas físicas é maior do que em pessoas jurídicas, o que sinaliza a oportunidade de expansão da ferramenta de pagamentos instantâneos em comércios e serviços.

“O sucesso de adesão e do uso do Pix demonstra o interesse do brasileiro em interagir com a tecnologia. O meio de pagamento trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do dia a dia e tem se mostrado uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no país. Um dos focos da agenda do processo de evolução do Pix é adicionar funcionalidades e impulsionar as transações entre pessoas e empresas”, afirmou Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Febraban, em entrevista coletiva à imprensa.

Open Finance

De acordo com a pesquisa, aos poucos, os consumidores concedem o consentimento para compartilhamento de dados entre os bancos no Open Finance. Entre dezembro de 2021 e abril de 2022, a quantidade de usuários pessoa física que deram consentimento para doação de dados cresceu 18%, enquanto de pessoas jurídicas, a expansão registrada foi de 60%.

“O nível de compartilhamento dos dados tende a aumentar à medida que o ecossistema demonstre valor ao cliente final. Ou seja, o consumidor tem que perceber os benefícios do Open Finance, como, por exemplo, a facilidade de consolidação e organização dos seus dados financeiros que lhe proporciona uma melhor experiência bancária”, destacou Sérgio Biagini, sócio-líder da Deloitte que também participou da coletiva.

Sobre o tipo de dados compartilhados, a pesquisa revela que, no caso de pessoa física, até abril de 2022, 33% dos dados compartilhados foram de contas (limite, extrato e saldo), 23% dados obrigatórios (dados cadastrais e informações complementares), 22% para dados de cartão de crédito (limite, fatura e transações), e 22% sobre dados de operação de crédito (direitos creditórios descontados, financiamentos, adiantamentos a depositante e empréstimos).

Em relação à pessoa jurídica, os dados de contas aparecem em primeiro lugar com 34%, seguidos de dados de operação de crédito (30%), dados obrigatórios (20%) e dados de cartões de crédito (16%).

Seguros

Em 2021, 57,5 milhões de seguros foram contratados na rede bancária, sendo 80% deles nos canais físicos (agências e postos de atendimento bancários), seguido por mobile banking, com 9%. Os seguros mais renovados são o de Auto, Vida e Cartões.

A pesquisa detectou que os bancos estão apostando em inovação e personalização para a transição para o Open Insurance (expansão do sistema aberto para mercado de seguros): 54% dos respondentes disseram que focam na inovação de produtos e cobertura de novos riscos; 54% trabalham na personalização de canais e produtos; 46% utilizam mais analytics na tomada de decisões, entre outras respostas.

Agências e outros canais

Apenas 3% das transações bancárias foram feitas em agências em 2021. No ano passado, foram 3 bilhões de operações ante 3,2 bilhões em 2020. A procura pelas agências bancárias se deu, preferencialmente, para consultoria para contratações de investimentos, crédito, seguros, previdência complementar ou renegociação de dívida.

No ano passado, as operações em caixas eletrônicos (ATMs) caíram 11% e, nos correspondentes bancários, houve queda de 8%. Por outro lado, as transações com POS (maquininhas de cartões) cresceram 10%.

(com assessoria)

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Redação DMI

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