Oi anuncia leilões sucessivos de ações na B3

Operadora unificou frações das ações resultantes do grupamento realizado no fim do ano passado; leilões ocorrem após bolsa pressionar tele para elevar preço dos papéis
Oi reagrupa ações e anuncia sucessivos leilões na B3
Oi fará diversos leilões na B3 para alienar ações (crédito: Freepik)

A Oi informou que, a partir da próxima segunda-feira, 23 de outubro, vai realizar leilões sucessivos na B3 com o objetivo de alienar ações. As vendas devem ocorrer até que a totalidade das ações possa ser negociada livremente pela companhia.

Em comunicado divulgado aos acionistas e ao mercado nesta quinta-feira, 19, a operadora confirmou que as frações das ações resultantes do grupamento realizado em janeiro foram juntadas. Com isso, a companha detém 285.767 ações ordinárias e 282.807 ações preferenciais para venda em bolsa.

No  fim de 2022, o grupamento das ações ocorreu na proporção de 10:1. Pouco depois, em março deste ano, a empresa entrou no segundo processo de recuperação judicial. Com isso, o valor dos papéis caiu consideravelmente.

Há pouco mais de uma semana, a B3 cobrou da Oi medidas para recuperar o valor das ações. Acontece que, para continuar na bolsa brasileira, a tele precisa que os papéis sejam cotados a pelo menos R$ 1.

Nesta quinta, a ação ordinária fechou valendo R$ 0,63. A preferencial não sofre o mesmo problema, pois encerrou o dia com valor de R$ 1,99.

A B3 deu prazo até 27 de março de 2024 para que as ações ordinárias da Oi alcancem o valor mínimo necessário.

Acionistas

A Oi informou que os valores líquidos da alienação das ações nos leilões serão creditados em nome dos titulares das frações, em proporção equivalente às frações detidas pelos investidores. Os valores devem ser depositados em até sete dias úteis após o último leilão.

Confira, a seguir, como os créditos serão repassados aos acionistas, conforme o comunicado da operadora.

Acionistas correntistas do Banco do Brasil S.A. (“Banco do Brasil”) terão seu crédito efetuado automaticamente em conta corrente de sua titularidade no Banco do Brasil, desde que tenham manifestado seu interesse em receber em conta corrente os valores a que tiverem direito e que seus cadastros junto ao Banco do Brasil se encontrem atualizados;

Acionistas com ações custodiadas na Central Depositária da B3, isto é, que adquiriram ações através de corretoras de valores mobiliários, terão os valores a que fizerem jus creditados diretamente à B3, que se encarregará de repassá-los aos acionistas através dos agentes de custódia;

Os demais acionistas elegíveis deverão solicitar na agência do Banco do Brasil de seu relacionamento ou preferência a emissão de aviso de pagamento para recebimento no caixa ou por meio de crédito em conta corrente de outros bancos, às expensas desses acionistas, mediante a apresentação dos dados bancários pertinentes (banco, agência e número de conta corrente);

Acionistas cujas ações se encontram bloqueadas ou com o cadastro desatualizado: o valor será retido pela Companhia e mantido à disposição do respectivo acionista durante o prazo prescricional previsto em lei, e o respectivo pagamento será realizado exclusivamente mediante apresentação de documentação comprobatória de desbloqueio ou de identificação, conforme o caso.

Matéria atualizada em 20 de outubro, às 11h44

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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