” O PLC 79 traz segurança jurídica para o setor”, defende sua aprovação José Félix, da Claro Brasil

O CEO da Claro Brasil, Jose Félix, contesta aqueles que atribuem à operadora alguma intenção de querer atrapalhar a votação do novo marco para o setor. Segundo ele, a empresa vê com muitos bons olhos sua aprovação, principalmente porque irá esclarecer a polêmica em torno do bem reversível e das outorgas de espectro.
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O presidente da Claro Brasil, José Félix, assegura que a empresa apoia e quer ter aprovado o PLC 79, o novo marco do setor de telecomunicações. “Sei que estamos na boca do povo, porque fomos tentar ampliar o apoio ao projeto ao sugerir que ele tramitasse também em outra comissão do Senado Federal”, reconhece o executivo, ao se referir à iniciativa de um de seus executivos, que sugeriu que o projeto, em análise pela Comissão de Ciência e Tecnologia, fosse apreciado também pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.  Executivos de operadoras concorrentes e diferentes analistas entenderam nesse gesto uma possível tentativa da operadora de retardar ainda mais a sua aprovação por que seria contrário a ele.

Ao que Félix rebate: “Nós apoiamos a aprovação do PL 79, principalmente porque  traz segurança jurídica para o setor”, afirmou. Essa segurança viria da definição, pela nova lei, do que são os  bens reversíveis à União, além de dar uma solução para a atual proibição de renovação das outorgas das frequências leiloadas pela Anatel por mais de uma vez.

Prazo de validade 

A partir de dezembro do próximo ano começam a vencer as primeiras licenças de espectro vendidas ainda durante o processo de privatização da Telebras (faixas de 800 MHz, conhecidas como banda A) e que não podem mais ser para as mesmas operadoras, porque a atual Lei Geral de Telecomunicações só permite uma única renovação de outorga.

“A questão não é o preço, pois sabemos que iremos pagar por novo tempo de ocupação das frequências. O problema é o que faríamos com milhões de usuários que ocupam essas bandas que teríamos que devolver à União”, aponta Félix, para reforçar o apoio da operadora à conclusão da tramitação do PLC 79. O projeto estabelece a renovação sucessiva de espectro e permite o surgimento do mercado secundário.

“Esse projeto é velho pacas e não anda, mas ninguém pode atribuir a nós esse atraso. Nós queremos e estamos defendendo sua aprovação”, assegurou José Félix ao Tele.Síntese.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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