Número de ativações do Gesac cresceu 31,6% em um ano
A Telebras publicou nesta semana o balanço de resultados do 3º trimestre, em apresenta não apenas números de faturamento e prejuízo, como também da expansão de sua rede e base de usuários. O relatório mostra que o número de ativações do Gesac, serviço de banda larga via satélite para órgãos públicos, cresceu. Havia 24,17 mil instalações ativas no final de setembro, 31,6% mais do que no mesmo mês de 2022.
O dado é importante porque o contrato do governo com a estatal termina em 28 de dezembro, e ainda não há na praça edital de relicitação do serviço. O MCom também não informa se já trabalha em um aditivo para prorrogar extraordinariamente o contrato. A prorrogação é vista como inevitável no mercado, pois caso o governo decida trocar de fornecedor, serão necessários meses para migrar a base crescente de usuários da Telebras para os sistemas de outros fornecedores.
Procurado por este noticiário, o MCom afirma que já iniciou o processo de contratação e os trâmites seguem normalmente. No último mês, a pasta colocou na rua uma RFI, um pedido de informação junto ao mercado, para aperfeiçoar o edital que esteve em consulta pública, e que era alvo de críticas por trazer exigências de conectividade que só seriam atendidas pelo serviço Starlink, do bilionário Elon Musk. A RFI foi considerada mais equilibrada, mas ainda não se trata da concorrência.
“Manter a conexão gratuita de internet nas escolas e outros equipamentos públicos é de suma importância para o Governo Federal, de modo que a divulgação de informações a respeito deste processo antes mesmo da publicação do edital pode trazer impactos na contratação do serviço”, diz o ministério em resposta a perguntas do Tele.Síntese. A pasta também não comenta se está à espera de sanção de projeto de lei que dá preferência à contratação da Telebras por órgãos federais.
Resultado do 3º trimestre
A Telebras registrou receita operacional líquida de R$ 108,75 milhões no 3º trimestre, alta de 6,9% na comparação com o mesmo período de 2022. Os custos da companhia, no entanto, superam a receita: foram de R 123,14 milhões, após alta de 3,6% ano a ano. A estatal soma também despesas financeiras (R$ 11,3 milhões), e despesas operacionais de R$ 42 milhões.
Com isso, o prejuízo líquido no 3º trimestre foi de R$ 91,3 milhões. Nos 9 meses do ano, a estatal tem perdas acumuladas de R$ 75 milhões, número melhor que o de 2022, quando tinha prejuízo de R$ 135 milhões entre janeiro e setembro. A dívida líquida soma atualmente R$ 150 milhões.