Movistar realiza cirurgia assistida de câncer de mama com 5G
A Movistar anunciou nesta sexta, 6, que realizou em tempo real a primeira cirurgia de câncer de mama com tecnologia 5G e realidade aumentada entre Espanha e Portugal. Feita em parceria com a Altice Portugal e a Fundação Champalimaud, a intervenção foi concluída no âmbito do 10º Congresso da AECIMA (Associação Espanhola de Cirurgiões da Mama) através da ligação entre a Faculdade de Medicina da Universidade de Zaragoza e a Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, em Lisboa.
A tecnologia avançada da Movistar, baseada em 5G, ultrapassou os 900 km que separam as duas cidades e permitiu a comunicação entre os dois médicos responsáveis pela cirurgia. Um estava em Saragoza, outro em Lisboa. Mais que isso, os participantes do congresso puderam ver a sala de cirurgia completa, o vídeo gerado e todos os parâmetros da operação de forma imersiva.
Além do 5G, a cirurgia aconteceu com o uso de tecnologia webRTC, alta qualidade de vídeo que é utilizada em realidade aumentada. Para conseguir uma imersão total neste universo, o médico português dispôs de óculos Microsoft Hololens, e contou com a ajuda necessária durante a operação.
Também integrou a série de equipamentos o software Remaid, que permitiu dar instruções e conselhos de Zaragoza sobre como realizar corretamente a técnica cirúrgica, com projeção de vídeos, fotos e hologramas no campo do médico em Lisboa.
Cobertura
Para realizar esta operação pioneira, a Movistar utilizou a cobertura 5G existente na cidade de Zaragoza, e a dos Altice Labs (Laboratório de Inovação e I&D da Altice Portugal) em Lisboa, que permitiram a ligação de salas e transmissão sem atrasos. Além disso, o médico no congresso teve um roteador 5G para conectar seu PC.
Com esta realização, a Movistar, em colaboração com a Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, está lançando as bases para a aplicação prática que o 5G pode ter na saúde, destacou Ana María Vega, especialista em Inovação e pilotos 5G da Telefónica Espanha.
“Graças à baixa latência, que permite a transmissão sem atrasos, e a possibilidade de gerenciar grandes fluxos de vídeo em alta velocidade – juntamente com as enormes possibilidades da realidade virtual, estamos avançando na criação de serviços que otimizarão o trabalho dos profissionais médicos”, disse Vega.