Meta deve investir US$ 19,2 bilhões em metaverso no próximo ano
A Meta Platforms deverá manter sua aposta alta na divisão metaverso Reality Labs com cerca de 20% de suas despesas gerais nessa área. Estimativas do mercado são de que os recursos aplicados pela empresa poderão chegar a US$ 97,3 bilhões e a expectativa é de US$ 19,2 bilhões direcionados para essa área.
O CTO da Reality Labs, Andrew Bosworth, sinalizou no blog da empresa que os investimentos em metaverso de 2023 devem repetir o desempenho deste ano. Ele não comentou, entretanto, o impacto dessa decisão em uma área que este ano já registrou uma perda de US$ 9,4 bilhões. No terceiro trimestre a unidade Reality Labs registrou prejuízo de US$ 3,7 bilhões. Ou seja, US$ 1,1 bilhão a mais que no ano anterior.
Metaverso
Os investimentos no próximo ano representam direcionar um valor alto em uma tecnologia que pode decolar apenas na próxima década. Essa, pelo menos, é a visão do pesquisador Richard Windsor, da Radio Free Mobile, que, ao mesmo tempo, considera que pode ser uma ” apólice de seguro”.
Bosworth está ciente das críticas ao valor dos investimentos em uma empresa que tem repetidamente registrado perdas. “Os desafios econômicos em todo o mundo, combinados com as pressões sobre o negócio principal da Meta, criaram uma tempestade perfeita de ceticismo sobre os investimentos que estamos fazendo”, disse o executivo.
No geral, cerca de 80% dos investimentos da empresa irão para os “aplicativos familiares” da Meta, que incluem Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. Esses aplicativos representaram cerca de US$ 32 bilhões em lucro durante o mesmo período. Isso não impediu, entretanto, uma grande reestruturação e em novembro a empresa anunciou que cortaria aproximadamente 13% dos funcionários em todo o mundo, mais de 11 mil empregos.
O ceticismo que passou a envolver o metaverso não é novo. Em 2021 o CEO Mark Zukerberg anunciou que o Facebook passaria a ser chamado corporativamente de Meta Plataforms mas não convenceu um grande número de acionistas que rejeitam a ideia de concentrar recursos em torno do metaverso.
5G
O metaverso pode se desenvolver mais a partir da 5G. Márcio Carvalho, Chief Marketing Officer da Claro, acredita que as novas tecnologias digitais, como o próprio metaverso e outras experiências de realidade virtual e realidade aumentada, ajudarão a trazer o retorno pelo investimento na rede 5G standalone da operadora.
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