Ministério da Justiça se compromete a combater furtos de equipamentos

Órgão determinou que a Senasp e a SE organizem reunião de trabalho com os responsáveis pela Segurança Pública dos estados
Justiça vai combater roubo de equipamentos
Justiça vai combater roubo de equipamentos | (Crédito: shutterstock/asharkyu)

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a Secretaria Executiva (SE), coordenadas respectivamente pelos secretários Tadeu Alencar e Ricardo Cappelli, organizem uma reunião de trabalho com os responsáveis pela Segurança Pública dos estados para começar um trabalho de fortalecimento no combate ao roubo de equipamentos, especialmente

cabos de cobre e baterias.

Essa decisão veio após um encontro com representantes das operadoras de telecomunicações e conectividade do país, que falaram sobre os problemas de roubos e como essa questão deixa os cidadãos sem acesso aos serviços, além de causar prejuízos financeiros.

Entre os pedidos feitos pelo grupo constam apoio na interlocução pelo aumento da segurança junto aos governos estaduais, apoio a projetos em tramitação no Congresso Nacional que tratam do tema, e, especialmente, suporte institucional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para combater o problema, entre outros.

“Vamos, também, elaborar uma ação conjunta com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública nesse sentido. O apoio institucional a gente faz. Eu me comprometo a analisar os projetos de lei. E vou propor ao governo federal essa pauta para o segundo semestre”, afirmou Dino. Ao mesmo tempo, ele fez um apelo aos executivos para uma participação efetiva das operadoras no mutirão dos endividados, o Renegocia!. “É um caminho para melhorar a atividade econômica do país. Há muita gente precisando de crédito para voltar a consumir”, disse o ministro.

Economia

De acordo com o secretário Tadeu Alencar, o setor tem grande importância para a economia brasileira, ao ocupar 3% do produto interno bruto do país e gerar 1,7 milhão de vagas diretas e indiretas, além de exercer posição importante em relação ao recolhimento de tributos.

“ Eles chamaram atenção para um ingrediente que atinge fortemente o setor que são os roubos e furtos de equipamentos, que são expressivos e têm efeito deletério não só junto aos consumidores, que sofrem os efeitos diretos da interrupção das suas comunicações de telefonia e internet, mas, também, na interrupção de serviços públicos essenciais, como em escolas e hospitais”, afirmou o secretário Nacional de Segurança Pública.

Nesse sentido, as empresas pediram suporte ao MJSP para, em articulação com os estados, ter um movimento de acompanhamento, de controle e de repressão dos delitos. “O ministro determinou que tanto a Secretaria Executiva quanto a Senasp desdobrem esse encontro em outras reuniões que possam organizar e estruturar parte das medidas solicitadas”, definiu o secretário Tadeu Alencar.

Estados

Diretor executivo da Conexis Brasil Digital, o Sindicato Patronal das Operadoras de Telecom, Marcos Ferrari afirmou que, no ano passado, sete milhões de pessoas em todo o país foram afetadas devido aos roubos de cabos de bateria. “Entendemos que essa é uma demanda da sociedade, não somente do setor. E vamos trabalhar junto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para tentar atacar esse tipo de crime e reduzir a ocorrência deles de tal maneira que escolas e hospitais, por exemplo, não sejam prejudicados por falta de internet”, explicou.

Segundo Ferrari, há vários crimes associados à questão, como roubo e furto, receptação, formação de quadrilha, sonegação de impostos, crime organizado, lavagem de dinheiro e extorsão, entre outros. Em 2022, por exemplo, cinco milhões de metros de cabos foram roubados, aumento de 14% em relação a 2021, de acordo com dados da Conexis. Outros equipamentos também são furtados, como roteadores e placas de transmissão. Os estados mais atingidos pelo problema são: São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Paraná, Espírito Santo e Santa Catarina.

 

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Da Redação

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