Sercomtel e Algar cobram remédios “robustos” na venda da Oi Móvel

Sercomtel diz que tem interesse em comprar parte dos ativos da Oi Móvel. Algar reitera manifestações anteriores, nas quais considera a proposta da SG do Cade insuficiente.
Imagem: Freepik

As operadoras Sercomtel e Algar também se manifestaram ao relator do processo de venda da Oi Móvel no Cade, Luis Braido. Ele deus às empresas do setor 24 horas, que terminaram na segunda às 21h30, para responderem se concordavam com a posição enviada pelo Ministério Público Federal, que é contrário ao negócio.

Em sua manifestação, a Sercomtel repisou argumentos de que a redução de quatro para três competidores no mercado móvel terá efeitos prejudiciais quanto à concentração de espectro, reduzindo o já pequeno poder de barganha de operadoras virtuais ou concorrentes que desejarem ter acesso ao insumo no atacado.

A empresa cobra a imposição de remédios estruturais, que modifique a cara no negócio. Em suma, a Sercomtel diz que se apresentou ao Cade como potencial compradora de alguns ativos da Oi Móvel, caso o colegiado opte pelos remédios estruturais.

“Em manifestações recentes e em contatos mantidos com membros do Tribunal do CADE a Sercomtel reiterou, de forma detalhada e estruturada, o interesse em adquirir ativos potencialmente desinvestidos pelas Requerentes”, diz a Sercomtel.

Veja aqui a posição da Sercomtel.

Posição da Algar

A Algar, em sua manifestação pública a Luis Braido, pouco acrescentou. Afirma que ao longo do processo já reiterou sua contrariedade com os remédios comportamentais propostos pela Superintendência-Geral do Cade. Alega que o mercado móvel brasileiro é concentrado, e esta concentração vai aumentar com a eventual saída da Oi Móvel.

Diz que há grande barreiras regulatórias e econômicas à entrada de novos players e que a aquisição aumenta o potencial de ação coordenada entre a as operadoras Claro, TIM e Vivo.

“A Algar entende que a aplicação de remédios comportamentais efetivos e robustos se faz imprescindível, sem prejuízo da aplicação de eventuais remédios estruturais”, defendeu aqui.

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Rafael Bucco

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