Grupo TIM marca reunião para deliberar sobre venda da rede fixa
Em negociações com a KKR, o Grupo TIM (antiga Telecom Italia), dono da TIM Brasil, já tem data para avaliar as ofertas recebidas por sua unidade de rede fixa na Itália. O conselho de administração da operadora vai se reunir de 3 a 5 de novembro para deliberar sobre as propostas apresentadas pelo fundo norte-americano, conforme comunicado divulgado pela tele ainda no domingo, 22.
Na ocasião, a mesa diretora vai avaliar a oferta vinculante pela NetCo, como a unidade de rede fixa terrestre é chamada, e a proposta não vinculante referente a Sparkle, a rede de cabos submarinos da operadora. Após meses de negociações, os lances pelos ativos foram apresentados pela KKR no último dia 16 de outubro.
Segundo uma nota divulgada pelo Grupo TIM, no dia 3 de novembro, o conselho vai examinar as ofertas pelas unidades de fibra óptica e de cabos submarinos. No dia 4, o órgão responsável pelas decisões da companhia fará uma reunião informal (indução) para discutir as propostas com gestores e conselheiros. Por fim, no dia 5, o conselho se reúne novamente em encontro formal para deliberar.
Ofertas
A KKR (Kohlberg Kravis Roberts & Co. L.P.) é uma empresa de private equity. O fundo ganhou um período exclusivo de negociações com o Grupo TIM após desbancar a proposta do banco estatal italiano CDP.
A operadora tenta vender a NetCo – formada pela FiberCop, de infraestrutura de fibra óptica, e pela Sparkle, rede de cabos subaquáticos – para reduzir o endividamento – conforme o balanço financeiro mais recente, a dívida líquida passa dos 26 bilhões de euros (aproximadamente R$ 138,3 bilhões).
A KKR, no entanto, resolveu apresentar uma proposta vinculante apenas pelo braço de fibra. A oferta vale até 8 de novembro, podendo ser prorrogado até 20 de dezembro.
No caso da Sparkle, o fundo se comprometeu a formalizar uma proposta definitiva até 20 de novembro.
Segundo a imprensa internacional, a empresa de investimentos, em paralelo, mantém negociações com o governo italiano, o qual tem interesse em ficar com uma parcela minoritária nos ativos que atualmente pertencem ao Grupo TIM.