Google vai demitir 12 mil funcionários em todo o mundo

Empresa segue cortes anunciados por Microsoft, Amazon, Meta e Twitter; CEO Sundar Pichai diz que, no passado, companhia contratou para uma realidade que não se vê mais no presente
Google vai demitir 12 mil empregados nas próximas semanas
Ao demitir 12 mil empregados, Google se junta a outras big techs que reduziram o quadro de pessoal recentemente (crédito: Freepik)

Seguindo a onda de demissões que atinge diversas big techs, a Alphabet, proprietária do Google, anunciou, nesta sexta-feira, 20, que vai demitir aproximadamente 12 mil funcionários em todo o mundo.

O número de empregados afetados representa 6% da força de trabalho da empresa e é o maior corte já realizado pela companhia de tecnologia, segundo a imprensa norte-americana.

O anúncio foi feito por Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, em um post. No texto, o diretor executivo assume “total responsabilidade pelas decisões que nos trouxeram até aqui”.

“Nos últimos dois anos, vimos períodos de crescimento dramático. Para acompanhar e alimentar aquele crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente da qual enfrentamos hoje”, escreveu Pichai, justificando as dispensas.

Na mensagem aos funcionários, o CEO destacou que os postos de trabalho eliminados refletem uma revisão do direcionamento da empresa. Pichai também se disse confiante nos “primeiros investimentos em Inteligência Artificial (IA)”.

“Realizamos uma revisão rigorosa em todas as áreas e funções de produtos para garantir que nosso pessoal e cargos estejam alinhados com nossas maiores prioridades como empresa”, ressaltou.

Nos Estados Unidos, os funcionários que serão demitidos já foram avisados por e-mail. A companhia se comprometeu a pagar os empregados durante o período de aviso prévio (mínimo de 60 dias), além de oferecer seis meses de assistância médica, serviços de recolocação no mercado de trabalho e suporte a imigrantes afetados.

Os demitidos também receberão os bônus referentes ao ano de 2022, o tempo restante das férias e um pacote de indenização.

Nos demais países, o processo de demissão vai levar mais tempo em razão das legislações nacionais.

ONDA DE DEMISSÕES

O corte de pessoal no Google segue uma onda de demissões que atinge diversas das maiores empresas de tecnologia do mundo.

Na quarta-feira, 18, a Microsoft anunciou a dispensa de 10 mil funcionários, reduzindo o quadro de pessoal em 5%. Assim como o Google, a empresa destacou que, apesar das demissões, está confiante nos avanços feitos em IA.

Na primeira semana de 2023, foi a vez da Amazon comunicar, até aqui, o maior corte entre as big techs: 18 mil funcionários foram dispensados.

Em novembro de 2022, a Meta, proprietária das redes sociais Facebook e Instagram e do aplicativo de mensagens WhatsApp, demitiu 11 mil trabalhadores. No mesmo mês, o Twitter cortou metade da sua força de trabalho – estima-se que o corte tenha atingido aproximadamente 3.500 funcionários.

Desse modo, a onda de demissões que perpassa por Google, Microsoft, Amazon, Meta e Twitter já é responsável por cerca de 55 mil dispensas em todo o mundo.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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