Experiência do Gired ajuda na celeridade de decisões no Gaispi, diz Moreira
Com prazos apertados, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz, (Gaispi), corre para desocupar a faixa de 3,5 GHz para implantação do 5G nas capitais, no prazo de quatro meses e meio. A informação é do presidente do grupo, conselheiro Moisés Moreira, no seminário de Políticas de Telecomunicações.
O Gaispi é responsável pela limpeza da faixa, pela migração da TVRO para a banda Ku satelital, implantação das infovias do Programa Amazônia Integrada Sustentável (Pais) e a construção da rede privativa do governo. O total de recursos que serão geridos é de R$ 6,3 bilhões.
Segundo Moreira, a experiência com o Gired, grupo que administrou a limpeza da faixa do 4G e o engajamento dos integrantes têm sido muito importante na fluição do trabalho no Gaispi. O grupo já está cumprindo os prazos definidos no edital. Para isso, deu prazo de 45 dias para a indicação pelos radiodifusores responsáveis dos canais a serem considerados no processo, por meio de chamamento público. O prazo para essa indicação expirou no dia 24 de janeiro.
“A análise desses pedidos dará uma compreensão maior da capacidade satelital necessária”, disse Moreira. Outra definição em curso é a escolha do satélite ou satélites para onde os canais vão migrar. Essa definição depende de indicação dos radiodifusores com assento no Gaispi, que deverá ocorrer até 10 de março.
Após a definição dos canais e dos satélites, os radiodifusores terão prazo de 75 dias para disponibilizarem os canais de forma gratuita e aberta no satélite definido. “Somente após vencidas as etapas a EAF poderá iniciar a instalação dos equipamentos nas residências das famílias beneficiadas”, disse o conselheiro. Ele lembra, que a partir dessa data a faltarão apenas 35 dias do prazo para implantação do 5G nas capitais.
Antes disso, na próxima sexta-feira, 18, a EAF deverá ser constituída. “Trata-se de um cronograma bastante apertado e que decisões, como as especificações dos equipamentos dos kits de migração, composto por antenas LNBF e receptor, bem como a definição dos critérios para implantação desses kits, dependem da definição do satélite”, disse.
Moreira informa que, para ganhar tempo, o grupo de trabalho responsável pela migração, já iniciou os debates para definir, por exemplo, um mapa com propostas para os kits que a EAF, antecipadamente, pode realizar os devidos processos de tomadas de preços e entender os prazos que a indústria necessita para entregar esses equipamentos.
A desocupação prevê ainda o remanejamento das estações terrenas de satélites, instaladas na banda C estendida. Além disso, como o 5G trabalhará muito próximo do FSS (serviço fixo por satélite) é possível que ocorra a interferência por canas adjacente. “A mitigação se dará essencialmente pelo uso de filtros”, disse Moreira.
Segundo o presidente do Gaispi, a implantação das seis infovias que serão implantadas com recursos do 5G e a rede privativa ainda não dispõem cronogramas.
Presente no painel, o vice-presidente de relações institucionais da TIM, Mario Girasole, contou que as operadoras constituíram a EAF ontem, 14.