Gape busca unificação de dados sobre as conexões das escolas

“A fotografia final vai resultar em dois tipos de projetos, de aumento da capacidade das unidades conectadas, e de levar a banda larga onde não há”, disse Aquino
Gape busca unificação de dados/Crédito: Divulgação
Gape busca unificação de dados/Crédito: Divulgação

O presidente do Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape), conselheiro Vicente de Aquino, disse, nesta terça-feira, 15, que a maior dificuldade tem sido fazer um diagnóstico da conectividade nas escolas. “Nós temos quatro base de dados diferentes, que precisam ser unificadas”, disse.

“A fotografia final vai resultar em dois tipos de projetos, de aumento da capacidade das unidades conectadas, e de levar a banda larga onde não há”, disse Aquino

Pelo Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), 64 mil das 69,2 mil escolas públicas urbanas elegíveis estão conectadas, mas com velocidades abaixo das necessárias para atender as necessidades dos alunos. “Em 70% delas, a velocidade é de 2 a 5Mbps”, disse.

Nas obrigações do 4G, das 50,2 mil escolas rurais, 31,5 mil foram atendidas, 50% delas com velocidade inferior a 2Mbps. Em 18,6 mil não há conexão. Tem ainda o termo de cooperação da Anatel com o BID, cujo levantamento não foi concluído, que apontará formas de conexão das escolas urbanas.

Por fim, o Grupo Interinstitucional de Conectividade na Educação (Gice) dá conta de 138.816 escolas públicas, sendo 61% urbanas e 39% rurais. Dessas, 103.360 tem algum tipo de conexão, enquanto 37,5 mil (25%) estão desconectadas.

“Nesse cenário, ainda há muito a avançar, especialmente na zona rural”, disse Aquino. O Gape, que se reuniu nesta terça-feira pela segunda vez, decidiu que a base a ser escolhida é do censo escolar, que deve estar disponível na próxima semana.

Nessa reunião também ficou decidido que o Ministério de Educação vai elaborar um documento com as prioridades a serem atendidas pelos projetos de conexão, que serão financiados com recursos do Gape. Aquino participou hoje do Seminário Políticas de Telecomunicações, promovido pelo Teletime.

O grupo será responsável por supervisionar a alocação dos R$ 3,5 bilhões em recursos levantados com a venda de lotes na frequência de 26 GHz no leilão do 5G feito pela Anatel em novembro. Além de Aquino, o Gape é composto por mais representantes da Anatel, do Ministério das Comunicações e da Educação, e por um representante de cada uma das proponentes vencedoras da faixa de 26 GHz.

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Lúcia Berbert

Lúcia Berbert, com mais de 30 anos de experiência no jornalismo, é repórter do TeleSíntese. Ama cachorros.

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