Executivos de finanças projetam crescimento da automação, diz Deloitte

Estudo CFO Survey 2022, divulgado nesta segunda, 10, mostra que esforços de crescimento, melhoria da eficiência, financiamento e liquidez;e redução de custos são prioridades para os próximos 12 meses

Executivos querem crescimento automação, diz Delloite - Crédito: Freepik

Os executivos de finanças têm expectativas para crescimento de automação e recursos para alta produtividade nos próximos 12 meses, revela pesquisa da Deloitte divulgada nesta segunda, 10. O estudo CFO Survey 2022 mostra que esforços de crescimento, melhoria da eficiência, financiamento e liquidez; e redução de custos são prioridades.

De acordo com o levantamento, 18% dos entrevistados consideram abrir capital como possibilidade de captação de recursos para os próximos dois anos. Taxa de inflação (56%), incerteza dos cenários econômico (56%) e político (55%) do país e volatilidade da taxa cambial (49%) são as principais preocupações dos executivos pesquisados.

O estudo aponta ainda que as iniciativas prioritárias para os próximos 12 meses serão esforços de crescimento (para 75% dos entrevistados); melhorar a eficiência operacional (63%); financiamento e liquidez (42%) e esforços para uma redução de custos (40%).

Indicadores macroeconômicos de julho e agosto de 2022 levaram o empresariado a não ter uma perspectiva tão otimista, revela a pesquisa. De acordo com a Deloitte, isso se deve a uma percepção de toda a conjuntura econômica e de negócios, considerando o cenário nacional e o internacional, apesar de o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ter apresentado crescimento no ano.

Cerca de metade dos respondentes (48%) acredita que a melhora no cenário econômico só acontecerá daqui a mais de um ano. Para 20% dos executivos, há expectativas de melhora em até seis meses, enquanto 28% acreditam que isso pode ocorrer em até um ano. Apenas 4% entendem que essa melhora pode acontecer em até três meses.

Ferramentas

A pesquisa da Deloitte quis saber também, em relação a crescimento, quais ferramentas tecnológicas os executivos pretendem usar para transformação dos negócios e em que estágio estão. Computação em nuvem (cloud) é a que aparece em primeiro lugar, com 45% utilizando amplamente. A seguir vêm ferramentas de visualização, com 31%; e analytics avançado, com 14%. A média dos investimentos e despesas com tecnologia sobre a receita líquida das empresas participantes da pesquisa é de 5%.

“Nesta edição, podemos ver que as práticas ESG estão crescendo gradativamente. O investimento em tecnologia cloud e em ferramentas de visualização e automação se destacam como o principal recurso para alta produtividade e boa gestão nos negócios. Do ponto de vista de riscos, há uma certa preocupação com a inflação, instabilidade econômica e política”, destaca Fábio Carneiro, sócio-líder do CFO Program da Deloitte e do Deloitte Private Companies.

Outro ponto destacado no levantamento da Deloitte é que cerca de um terço das empresas participantes ainda realizam as principais atividades operacionais em Excel, como elaboração de orçamento, simulação de cenários e Forecast (52%); gerenciamento de tesouraria (44%); dashboards e KPIs (40%); e consolidação e fechamento (33%). Outros sistemas desenvolvidos internamente e por empresas especializadas ocupam as posições seguintes.

Mais da metade (54%) do empresariado não investe e utiliza um centro de serviços compartilhados para a execução dos serviços administrativos e operacionais. Sobre a frequência da realização de Forecast (‘orçamento ajustado’ ou ‘orçamento revisado’ em português), 38% dos entrevistados afirmam que é feita mensalmente; 39% realizam trimestralmente e 17% semestralmente.

Orçamento

O relatório mostra também que as empresas participantes de grande porte levam mais tempo para elaborar o orçamento anual em relação às demais empresas da amostra, porém são mais eficientes nos fechamentos. Enquanto empresas com receita líquida acima de R$ 500 milhões levam, em média, sete dias para o fechamento contábil estatutário, as demais fazem em dez dias. As que faturam mais realizam o fechamento gerencial em seis dias, ante oito dias da amostra com faturamento menor que R$ 500 milhões. Já a elaboração do orçamento anual é feita em 42 dias pelas empresas cuja receita líquida é menor. As empresas com faturamento acima dos R$ 500 mi levam 51 dias.

O estudo foi realizado em julho e agosto de 2022, com 110 empresas respondentes das cinco regiões brasileiras, sendo a maioria da região Sudeste. Metade está nos setores de serviços e manufatura.​ Entre os respondentes, 86% são executivos que ocupam cargo de CFO; 69% são diretores; 11% são presidentes ou vice-presidentes, e 4% são sócios ou conselheiros.

 

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Redação DMI

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