Correios vão fechar 161 agências e demitir 7.300 servidores

Essas medidas fazem parte do plano de enxugamento da estatal que deve ser concluído até o início de julho.

Mesmo que o governo ainda não tenha batido o martelo sobre privatização da estatal, os Correios vão colocando em marcha um processo “readequação da rede de atendimento e da força de trabalho”. Até 12 de junho devem ser demitidos 7,3 mil servidores em mais um programa de demissão voluntária (PDV). E até 5 de julho devem ser fechadas mais 161 agências. 

Com essas medidas, a direção da empresa pública alega que está tentando enxugar sua estrutura administrativa para evitar novos prejuízos, como as perdas de R$ 4 bilhões acumulados entre 2015 e 2016. A estatal vem se recuperando e registrou lucro de R$ 667 milhões em 2017 e de 161 milhões em 2018.

Os Correios realizaram outros dois PDVs em 2017 e 2018, com a adesão de 8 mil empregados. Em relação à redução de agências, os Correios afirmam que o atendimento será absorvido por unidades “próximas, sem prejuízo da continuidade e da oferta de serviços e produtos”. Em 2017, foram fechadas 250 unidades localizadas em municípios com mais de 50 mil habitantes. No ano passado, foram 41 agências fechadas.

Greve 

Em resposta ao enxugamento e à ameaça de privatização, os sindicatos dos servidores dos Correios estão convocando assembleias para aprovar proposta de aderir à greve nacional programada para 14 de junho pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência. 

Antes disso, as entidades estão fazendo mobilização para acompanhar audiência pública na Câmara, apoiada pela oposição ao governo para debater a privatização da estatal. Será no próximo dia 5, em sessão conjunta das comissões de Legislação Participativa e do Trabalho.

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Abnor Gondim

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