Coprel usa a rede elétrica para conectar áreas rurais com fibra óptica

A Coprel Telecom leva conexão de qualidade às áreas rurais do Rio Grande do Sul, pegando carona na infraestrutura de energia elétrica da Coprel Energia. Depois de atender às pequenas cidades, vai cobrir os distritos.

O Tele.Síntese está publicando semanalmente duas reportagens sobre as tendências e inovações em telecomunicações. O conteúdo completo está no Anuário Tele.Síntese de Inovação 2017, que além de apontar os rumos do setor, elegeu os serviços mais inovadores do último ano. Veja, a seguir, como a Coprel Telecom se aproveita da capilaridade da rede elétrica para chegar a áreas com população pequena.

Conexão para o cooperado

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Por Roberta Prescott

A Coprel Telecom nasceu de uma necessidade dos sócios da cooperativa de energia elétrica Coprel Energia de levar internet ao interior do Rio Grande do Sul. A empresa aproveitou a infraestrutura de energia elétrica para montar seu backbone de fibra óptica. E, assim, pegando carona na rede elétrica, conseguiu conectar áreas de baixa densidade populacional. Tarefa que continua a desenvolver.

De acordo com Jânio Vital Stefanello (foto), presidente da Coprel Telecom, o maior desafio para levar internet às áreas rurais está em como acessar locais distantes, o que, normalmente, implica alto custo para atender áreas de baixa densidade demográfica. No caso da Coprel Telecom, um dos fatores de sucesso foi a sinergia com a cooperativa elétrica. “Conforme foi aumentando a área de cobertura com energia, fomos levando a fibra. A Coprel Telecom tem mais 1.800 km de fibra óptica estendida em 15 municípios”, revela.

Este modelo vem permitindo à empresa ofertar internet de qualidade ao interior do estado. “A grande reclamação que ouvíamos era de que no interior a internet não funcionava, que não tinha banda suficiente. Assim, nossa proposta foi levar internet rural com banda larga boa”, destaca. Com a internet em fibra, os produtores rurais podem expandir o uso de tecnologia da informação e incorporar soluções de TI para o agronegócio, por exemplo.

A Coprel Telecom vem atuando há seis anos, período em que investiu cerca de R$ 40 milhões na implantação do backbone de fibra ótica, na instalação de um data center e em links de redundância. “Chegamos com fibra na cidade, com GPON (Gigabit Ethernet Passive Optical Network). Para os pequenos distritos, levamos a fibra óptica e, por torre, jogamos o sinal via rádio para o interior”, explica.

Com essa arquitetura, a Coprel Telecom alcança hoje 20 municípios, sendo 14 atendidos diretamente com fibra óptica e os demais via rádio. Agora, a meta é ampliar a capilaridade da rede, levando a fibra até os distritos das cidades onde já existe a rede de energia elétrica. “Estamos começando pelos distritos que são mais próximos da sede do município. Do distrito, o sinal vai via rádio até as propriedades rurais. O desafio para os próximos cinco anos é chegar a toda a área atendida pela Coprel Energia”. Prestes a completar 50 anos, a Coprel Energia levou energia elétrica a 70 municípios com alto potencial para o agronegócio.

O presidente explica que a infraestrutura está passada, faltando o plano de negócios para inaugurar a operação nos pequenos municípios. “Agora é analisar a viabilidade do empreendimento, ver se vamos por fibra óptica ou rádio. Existem muitos pequenos municípios, com cinco mil habitantes, então, temos de ver qual será a estratégia comercial para cada um”, diz Stefanello.

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