Contestação da Ligga mira plano de recuperação da Oi, dizem administradores judiciais

Para o trio Wald Administração Judicial, K2 Consultoria e Preserva Ação, Ligga não tem legitimidade para se opor ao plano de recuperação da Oi

Foto: Freepik

O grupo que supervisiona a recuperação da Oi para Justiça, formado pelas empresas Wald Administração Judicial, K2 Consultoria Econômica e Preserva Ação, protocolou sua manifestação contrária à impugnação da Ligga Telecom a respeito do leilão de venda da Oi Fibra.

O documento, de hoje, 12, é o derradeiro para que a Juíza, Caroline Rossy, do TJ-RJ, decida se deve ignorar ou tomar alguma atitude a respeito do pleito da operadora regional, única a apresentar qualquer proposta pela unidade de clientes de fibra óptica da Oi.

E em sua manifestação, os administradores se alinham ao Ministério Público e à Oi no sentido de que a impugnação não deve ter nenhuma consequência prática ou influência nas regras do processo competitivo de venda do ativo.

Destaca, ainda, que a estratégia da Ligga foi lançar mão da venda da ClientCo. não para questionar o leilão em si, mas o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores da Oi em abril.

“A Administração Judicial Conjunta entende que as alegações estão, na verdade, direcionadas ao PRJ, e não ao procedimento de alienação em si, consubstanciando uma impugnação ao próprio PRJ”, observa o trio Wald, K2 e Preserva Ação.

Como MP e a própria Oi, os administradores defendem que, além de entrar no mérito do plano aprovado por maioria dos credores e homologados pela Justiça, a Ligga ainda usa de argumentos que são econômico-financeiros, algo que não cabe ao tribunal julgar, apenas à assembleia de credores.

“A Administração Judicial Conjunta entende que, na medida em que o Plano já foi homologado por decisão proferida por este MM. Juízo, a Ligga não teria mais legitimidade para apresentar objeção ou impugnar suas disposições homologadas”, conclui.

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Rafael Bucco

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