Conselho da Desktop aprova incorporação dos provedores Nettel e Netion
O conselho de administração da Desktop aprovou as compras integrais e incorporações de duas empresas do grupo: Nettel e da Netion. A decisão foi tomada na sexta-feira passada, 8, e comunicada ao mercado e aos investidores no mesmo dia por meio de fato relevante. Em ambos os casos, a Desktop já detinha participação majoritária nas empresas.
No mesmo documento, a Desktop anunciou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o dia 2 de outubro. No encontro, que será realizado de forma online, os acionistas devem deliberar sobre a incorporação total dos dois provedores.
A Desktop salientou que as aquisições não implicarão em aumento de capital social, emissão de novas ações ou qualquer alteração em sua composição acionária, tendo em vista que a empresa já detém a totalidade das ações de emissão dos provedores incorporados.
“A incorporação está alinhada com a estratégia de otimização das estruturas societárias e de negócios da Companhia”, afirma a Desktop, em fato relevante. “Com isso, pretende-se reduzir custos em áreas administrativas e com o cumprimento de obrigações acessórias, além de tornar a administração conjunta mais eficiente ao gerar aproveitamento de sinergias, o que resultará em benefícios de natureza patrimonial e financeira para a Companhia e para as Incorporadas”, acrescenta.
A Desktop estima que as despesas totais da incorporação, incluindo custos jurídicos e financeiros, somem, aproximadamente, R$ 50 mil. Conforme o documento divulgado ao mercado, a Netell e a Netion contam com patrimônios líquidos de R$ 15,3 milhões e R$ 49 milhões, respectivamente.
Consolidação
Com mais de 976 mil acessos de banda larga fixa, a Desktop anunciou a aquisição completa da Nettel em julho. A companhia já detinha 70% das ações do provedor com sede em Jaguariúna, no interior de São Paulo. A aquisição dos papéis que estavam com minoritários custou R$ 12,1 milhões.
Mais recente, a compra da totalidade das ações da Netion ocorreu na semana passada. O ISP, na prática, exerceu a opção de compra para ser o único dono do provedor que tem rede no litoral paulista, em cidades como Praia Grande e São Vicente. O desembolso foi de R$ 2,5 milhões.
Recentemente, a diretoria da Desktop sinalizou que estuda realizar uma fusão com outro grande provedor. A companhia, ao mesmo tempo, não descarta segregar a rede fixa da carteira de clientes. Com isso, a empresa continuaria a ofertar o serviço de banda larga, mas teria que alugar a infraestrutura de fibra óptica de outro negócio.