Conselhão: Conectividade se destaca dentro e fora do grupo de tecnologia
Diferentes grupos temáticos do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, apresentaram recomendações à Presidência da República que destacam a relevância de políticas públicas para conectividade. Os documentos foram entregues na 2º reunião realizada nesta quarta-feira, 13.
Representados pela conselheira Maria da Glória Guimarães dos Santos, presidente do Ayo Group e ex-executiva dos Correios e do Banco do Brasil, o grupo de Tecnologia apresentou, como “proposta principal” a “a criação de uma estrutura organizacional, sem custos adicionais”, que “funcione como uma secretaria especial ou agência reguladora” para o desenvolvimento e o uso de tecnologias digitais.
O objetivo seria “acompanhar e garantir a convergência de projetos e ações já existentes, propondo uma visão integrada de estado e tendo como resultado ganhos de eficiência interna, fazendo com que a transformação digital possa acelerar a inclusão social, principalmente dos mais vulneráveis”.
A justificativa para a medida é a de que “existem hoje muitas ações positivas voltadas para o desenvolvimento tecnológico e inclusão digital no Brasil, mas estão pulverizadas nos diversos órgãos governamentais”.
O plano conta também com propostas de longo médio e curto prazo como, por exemplo:
- ações de letramento digital para o projeto de educação, uma inclusão dessas ações;
- ações de infraestrutura como o projeto Conexão Cidadã, para possibilitar o uso da tecnologia;
- ações de melhoria do ambiente de negócio pesquisa e desenvolvimento;
- além de projetos buscando maior segurança institucional e jurídica ao ambiente de negócio.
Amazônia e Política Industrial
O grupo de trabalho da Amazônia destacou a necessidade de políticas de infraestrutura, incluindo a garantia de conectividade. “Nós precisamos de infraestrutura e alternativas econômicas. Mesmo que a gente tenha bolsas para esses jovens, eles não vão ficar [na região] se não tiverem infraestrutura e alternativas”, disse a representante do grupo, economista Esther Bemerguy.
Entre as propostas do grupo de Economia do Futuro, representado pelo presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, está o lançamento de um conjunto de polos tecnológicos de alto impacto, “capazes de agrupar nossa inteligência e de mobilizar empresas, universidades e centros de pesquisa para a resolução de problemas urgentes de interesse nacional”.
O grupo propõe que os temas de cada polo sejam definidos pelo governo federal e que, “por meio de editais públicos, sejam constituídos com base em uma instituição e, obrigatoriamente, a partir de articulações entre empresas e universidades, com verba compartilhada e voltada para resolver problemas complexos em até quatro anos”.
Wongtschowski ressaltou que a medida está em sintonia com os eixos da política industrial e das missões definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial.