5G: Claro, Ericsson e Qualcomm registram recorde de uplink na América Latina

Claro, Ericsson e Qualcomm atingiram velocidade de 669 Mbps e 8 ms de latência na rede comercial instalada na Sede da Claro, em São Paulo, utilizando espectro de 3,5 GHz e ondas milimétricas.

Crédito: Freepik

A Claro, a Embratel e a Ericsson, em colaboração com a Qualcomm Brasil alcançaram a maior taxa de pico de uplink na América Latina em uma rede comercial durante uma demonstração ao vivo em São Paulo. A demonstração atingiu uma velocidade de dados de uplink de cerca de 669 Mbps.

Segundo as empresas, esta velocidade resultará em novos casos de uso do mercado corporativo, em setores industriais, de saúde, de cidades inteligentes. Para o consumidor final, teria efeito em streaming de vídeo ao vivo e compartilhamento de conteúdo de mídia social.

O pico de uplink foi alcançado combinando taxas de dados da banda média e da banda alta (ondas milimétricas). A demonstração usou o recurso NR-DC da Ericsson com Agregação de Portadoras de quatro componentes de uplink (UL 4CC CA), no qual quatro portadoras contíguas de 100 MHz são combinadas, resultando em velocidades de dados mais elevadas.

Uma taxa de pico de uplink próxima a 669 Mbps equivale a mais de vinte vezes a taxa de uplink trafegada nas redes atuais 4G. Isso é particularmente importante para dar suporte a aplicativos e serviços que envolvem o upload de grandes quantidades de dados.

Além do recorde de uplink, a demonstração em tempo real também obteve resultados impressionantes em downlink, chegando a 3,3 Gbps e uma latência muito baixa de 8 milissegundos (ms) – a tecnologia 5G oferece uma taxa de latência baixíssima, o tempo entre o envio e o recebimento de informações.

A título de comparação, as redes brasileiras têm latência de cerca de 30 milissegundos no 4G. Alcançar 8 milissegundos (ms) com 5G marca uma redução de latência de três vezes.

“Os importantes resultados dessa demonstração, com baixíssima latência e alta velocidade de transmissão de dados, mostra como temos inúmeras oportunidades de habilitar aplicações de 5G em diversas áreas do mercado corporativo, que exigem precisão e segurança”, afirma Marcello Miguel, Diretor-Executivo de Marketing e Negócios da Embratel.

Murilo Barbosa, Vice presidente de Negócios da Ericsson, diz: “Uma velocidade de uplink de cerca de 700 Mbps usando NR-DC e Agregação de Portadoras de quatro componentes significa que os usuários podem desfrutar de experiências aprimoradas em aplicativos onde o tempo de upload mais rápido e a baixa latência fazem a diferença”.

Informações técnicas

A Claro, a Embratel, a Ericsson e a Qualcomm alcançaram este resultado pioneiro em uma rede comercial no Brasil – com velocidade máxima de uplink de 669 Mbps, integrando quatro componentes de 100MHz de ondas milimétricas (26 GHz), combinando com 100MHz de espectro em 3,5GHz. O NR-DC foi implementado utilizando as bandas n78 e n258 da Claro.

O teste foi realizado na rede 5G da Claro instalada em sua sede em São Paulo, usando a rede comercial resultando em uma taxa de transferência de uplink duas vezes maior que a velocidade atual de uplink 5G no mercado. A demonstração também alcançou 3.312 Gbps em downlink e 8 ms de latência.

O dispositivo de teste utilizado foi um smartphone com o processador Snapdragon X65 Modem-RF System e os equipamentos de rede foram fornecidos pela Ericsson – Radio System Baseband 6648 e AIR 3227 para banda média, amplamente implantado na rede da Claro, e Baseband 6648 com o AIR 5322 para banda alta (ondas milimétricas).

O software NR-DC da Ericsson combina faixas de frequência 5G em banda média e banda alta e já está disponível para implantação comercial. O software de agregação de portadora UL 4CC também está disponível comercialmente.

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Rafael Bucco

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