5G deve alcançar metade dos usuários na América Latina só em 2029, estima Ericsson

Em relatório, companhia projeta que 51% dos latino-americanos usuários de telefonia móvel tenham planos de quinta geração daqui a seis anos; tecnologia já representa 61% das conexões na América do Norte
5G deve alcançar metade dos usuários na América Latina em 2029, projeta Ericsson
Adesão ao 5G na América Latina deve continuar lenta, indica Ericsson (crédito: Freepik)

Na América Latina, os planos de telefonia móvel em 5G só devem chegar a pelo menos metade dos usuários em 2029. Em relatório no qual aponta projeções de adoção da tecnologia, divulgado nesta quinta-feira, 30, a Ericsson indica que a quinta geração deve representar 51% das assinaturas latino-americanas de serviços móveis somente daqui a seis anos.

“A adesão às assinaturas 5G tem sido lenta devido às dificuldades macroeconômicas na região”, diz a fornecedora, em trecho do documento.

Sem destrinchar estimativas por país, a Ericsson indica que, até o fim deste ano, a América Latina deve ter 28 milhões de assinaturas de 5G. O relatório ressalta, no entanto, que “muitos países da região estão em processo de leilão”, citando as licitações que ocorrem no Uruguai e na Argentina em 2023.

Ainda este ano deve ocorrer o leilão das faixas destinadas à quinta geração móvel na Colômbia, enquanto o processo deve ser conduzido no Peru em 2024.

No material, a Ericsson destaca que o 4G continua crescendo na região. A projeção é de que o ano corrente termine com a adição de cerca de 20 milhões de assinaturas de LTE, de modo que a tecnologia alcance 75% das conexões móveis na América Latina.

Migração para o 5G

Para se ter uma dimensão da adesão à quinta geração móvel, enquanto só daqui a seis anos pouco mais da metade dos usuários de telefonia móvel na América Latina terá uma assinatura de 5G, a tecnologia já representa 61% dos contratos na América do Norte.

A expectativa é de que alcance 92% dos usuários naquela parte do mundo em 2029, assim como no Conselho de Cooperação do Golfo (integração econômica que reúne seis países do Golfo Pérsico).

Conforme o relatório da Ericsson, a penetração do 5G, em comparação com a América Latina, também deve ser maior na Europa Ocidental (85%), no Nordeste da Ásia (79%) e na região composta por Índia, Nepal e Butão (68%).

Com isso, em 2029, espera-se que a participação do 5G na telefonia móvel na América Latina seja maior do que na Europa Central e Oriental (50%), no Sudeste da Ásia e Oceania (42%), no Oriente Médio e Norte da África (41%) e na África Subsaariana (16%).

Atualidade

Segundo a Ericsson, o ano de 2023 deve terminar com 1,6 bilhão de assinaturas de telefonia móvel 5G. Em todo o mundo, cerca de 280 operadoras já lançaram o serviço de quinta geração e mais de 40 ativaram o 5G standalone.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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