Assembleia da Oi suspensa por 2h30
A Assembleia Geral de Credores da Oi foi suspensa até 19h, a pedido dos credores presentes. A suspensão foi acatada pelo presidente da mesa, Arnoldo Wald, após concordância da companhia.
Representantes de Banco do Brasil, Caixa, de credores PEX e dos bondholders reunidos pela assessoria Moelis, pediram mais tempo para negociar alterações ao plano apresentado pela companhia.
“Não conseguimos exaurir todas as análises, e vou entregar proposta de modificação. Diante disso, se faz necessário algum tempo para analisar as mudanças”, argumentou Júlio Bertoni, advogado do Banco do Brasil.
Também o representante do BNDES entregou documento a Eurico Teles com uma lista de itens a serem modificados no plano para que o banco estatal aprove o plano.
O China Development Bank e outras agências exportadoras de crédito, representadas pelo BNP Paribas, fizeram o mesmo. Pediram que o plano fosse modificado durante o intervalo da suspensão.
Consolidação
Até o momento da suspensão, BNDES e Anatel haviam se manifestado quanto à consolidação do plano de recuperação. Ambos se disseram favoráveis a fazer com que o plano de recuperação a ser votado trate da dívida total das sete empresas.
Antes da AGC, bondholders, pediram na Justiça que fosse elaborado um plano para cada empresa da Oi integrante do processo de recuperação judicial. O juiz Fernando Viana decidiu que isso deveria ser pauta da AGC.
A consolidação do plano para todas as empresas da Oi incluídas na RJ seria votada no começo do dia, mas houve uma inversão de pauta, com abertura do microfone para manifestações orais sobre o plano. Somente depois da apresentação do plano, a consolidação será votada. E depois disso, o plano em si.
Eurico Teles, o diretor presidente da Oi, fez apresentação na qual defendeu a consolidação. “A votação de um plano único é a votação pela sobrevivência dessa companhia”, falou.