App ajuda a proteger lavouras de soja contra doenças
A plataforma online DigiFarmz, criada em 2016, por um grupo de agrônomos do Rio Grande do Sul, está colhendo uma safra de clientes graça a um aplicativo que auxilia produtores e técnicos, a partir de parâmetros calculados em tempo real, a embasar a estratégia a ser utilizada para a proteção das lavouras de soja. A ferramenta mede 18 variáveis bióticas e abióticas para ajudar a desenhar a melhor solução para o plantio. Da experiência brotou neste ano a classificação como finalista da primeira edição do Brain Open, programa de aceleração do Centro de Inovação e Tecnologia da Algar Telecom, o Brain.
Com alertas e notificações, a startup ajuda o produtor na condução da sua lavoura, sugerindo inclusive melhorias para práticas no campo e, ao mesmo tempo, auxiliando no manejo anti-resistência e principalmente focando na otimização dos insumos e aumento da produtividade.
“A ideia surgiu após percebermos a importância da soja para o País e para o mundo”, lembrou o agrônomo Alexandre Chequim, co-fundador da e diretor executivo DigiFarmz. “É uma fonte importante de alimento e já está sendo considerada para substituir o petróleo na produção de alguns produtos, como a borracha. Porém, de 15%a 40% da soja se perde devido à incidência de doenças. Queremos aumentar a produtividade e reduzir os impactos ambientais”, pontuou.
Os algoritmos utilizados pela DigiFarmz estão calcados em mais de 12 anos de pesquisas para buscar soluções. O volume de informação a ser pesquisado pelo código está, anualmente, sendo ampliado e validado, inclusive com conteúdo a respeito de fazendas e de cada talhão. “O produtor pode acessar a DigiFarmz pelo navegador em computadores e tablets. É possível fazer o acesso pelo celular, mas a tela fica menor”, comentou o dirigente.
Cenários
Segundo Chequim, há dois momentos importantes em que a solução é acessada. O primeiro é quando o produtor está no momento de planejar e decidir a compra dos fungicidas e demais remédios que irá usar. A DigiFarmz consegue simular cenários, criar programas de teste e dizer quais os melhores produtos a serem adquiridos para cada tipo de plantação. “O sistema considera a data de semeadura, a cultivar que ele está usando, o local de plantio, o clima, a umidade, a temperatura diurna, o histórico de controle de doenças, a presença de inóculo, a precipitação e outras questões”, explicou .
A plataforma é contratada em planos anuais, seguindo o roteiro das safras. Os valores variam em conformidade com o tamanho da área de plantio, podendo ser de R$ 3,60 e R$ 20 por hectare.
Veja vídeo da DigiFarmz: