Anatel vai criar app para a saúde
A Anatel vai criar app para a saúde, como primeiro projeto piloto que deverá ser desenvolvido em parceria com a UIT (União Internacional das Telecomunicações). Esse app para saúde piloto, informou Cristiana Camarate, superintendente de Relações com os Consumidores da agência, integra as novas iniciativas a serem desenvolvidas pela Anatel a partir da avaliação de que é preciso ir além da oferta de acesso. ” É chegada a hora de o setor ir além da infraestrutura e também promover soluções de conectividade”, afirmou Cristiana na Live do 1º Encontro Nacional Telecom na Prevenção ao Câncer de Mama, promovido pelo Tele.Síntese e Instituto Protea.
A atuação do setor de telecomunicações em apoio à prevenção ao câncer de mama poderá ser importante para ampliar as ações do Instituto Protea, avalia Gabriella Antici, fundadora do instituto. A entidade foi criada há quatro anos com o objetivo de assegurar o diagnóstico e tratamento para as mulheres que têm apenas o SUS como a sua rede de assistência médica. E, no Brasil, 75% da população não tem seguro saúde.
O câncer de mama tem cura, se for diagnosticado cedo. Segundo Gabriella, em todo o mundo, uma de cada oito mulheres terá câncer de mama, mas se diagnosticadas cedo, 95% são curadas. A realidade brasileira, porém, é bem mais grave: a taxa de mortalidade aqui é de 25%. Ou seja, uma em quatro mulheres que têm o câncer da mama não sobrevive. ” Aqui, além do diagnóstico tardio, o acesso ao tratamento também é muito demorado”, afirmou a executiva. Para mudar esses indicadores, o Protea fez parceria com o hospital Santa Marcelina, que atende à região mais populosa de São Paulo (Itaquera), e já conseguiu custear o tratamento completo de 1.150 mulheres e promover mais de 25 mil exames e consultas.
Agora, busca trazer uma tecnologia de Inteligência Artificial que consegue “ler” melhor as mamografias, capaz de definir taxas de risco cinco anos a frente e levar o Protea para outros estados. O próximo será a Bahia.
Palma da Mão
O presidente da Conexis, Marcos Ferrari, assinalou, em sua intervenção, que as telecomunicações atuam no início, no meio e no fim da cadeia produtiva de tecnologia, e, o mais importante é que “tudo poderá estar na palma da mão”, pelo celular. Assinalou que a tecnologia 5G, devido à sua característica de menor latência, será uma aliada importante na oferta de soluções que permitam a antecipação do diagnóstico e o tratamento precoce.
Carolina Vargas, por sua vez, uma das dirigentes da ONG Mulheres da Telecom, assinala que a entidade, voltada para a capacitação de técnicas e técnicos do setor, já envolveu mais de sete mil colaboradores de diferentes empresas em cursos de capacitação e especialização.