America Net ativa primeiros pontos de WiFi Livre em São Paulo
A America Net já ativou 41 pontos de WiFi Livre na cidade de São Paulo. A empresa foi a única interessada a participar do edital lançado pela prefeitura, que prevê a livre exploração do serviço, financiado por publicidade – sem que a cidade pague nada à operadora.
Atualmente existem 120 locais com WiFi Livre na capital paulista, todos contratados na gestão de Fernando Haddad ao custo de R$ 12 milhões anuais. Bruno Covas, atual prefeito, expandiu a quantidade de pontos e abriu para as empresas a possibilidade de remuneração via venda publicitária. Até 2020, diz, todos os 120 pontos existentes serão modernizados para o novo conceito, encerrando o modelo anterior. À lista de locais atendidos foram acrescentados 501 hotspots, que também serão construídos, conforme o prefeito, até o final do ano que vem.
Entre os 41 pontos operando atualmente no novo modelo está o Parque do Ibirapuera, que ainda não contava com o serviço. Ali haverá 10 pontos de acesso. A ativação está em fase de testes, que deve durar cinco dias. “Estamos garantindo acesso à internet pública mais rápida e de qualidade, desde o Ibirapuera até às regiões mais extremas”, diz Daniel Annenberg, secretário municipal de Inovação e Tecnologia.
Segundo a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), mais de trezentos pontos de acesso foram direcionados para regiões de vulnerabilidade social. Na lista há postos de saúde, telecentros, clubes desportivos, CEUS, teatros e bibliotecas, além de praças e parques.
O programa de Expansão WiFi Livre SP está dividido em duas fases. A primeira, que teve início em março e está em andamento, vai modernizar os 120 pontos já existentes. A segunda fase tem início em julho, quando se iniciam as instalações de novos pontos em larga escala.
De forma pontual, novos pontos serão criados ainda na primeira fase como é o caso do Parque Ibirapuera. No entanto, esse processo de criação de novas localidades vai se intensificar em todas as regiões, a partir do segundo semestre deste ano, promete a prefeitura. O acompanhamento do cronograma pode ser feito pelo site wifilivre.sp.gov.br
Especificações
No modelo anterior, o WiFi usava a frequência padrão de 2,4 GHz. Agora, a America Net deverá garantir que a abrangência do sinal cubra, no mínimo, 50% da área de parques e CEUs e 70% das demais localidades, medidas nas faixas de frequências de 2,4 GHz e 5 GHz.
As especificações do programa estabelecem que cada usuário conectado terá uma conexão individual e efetiva de, no mínimo, 512kbps.
Com a nova modelagem de conexão, será necessário incluir o número de telefone para que o usuário seja autenticado na rede. O sistema vai enviar um código temporário que deverá ser inserido no campo solicitado da tela de início.
Após o usuário se autenticar na rede WiFi Livre SP, aparecerá um anúncio publicitário. O usuário poderá pular a publicidade após dez segundos de exibição. A cada meia-hora de navegação, o usuário deverá se autenticar novamente. O uso da internet continua sendo livre e gratuito. O cidadão pode acessar qualquer site de seu interesse, inclusive redes sociais, e-mail, compartilhamento de vídeos, downloads e uploads.
A prefeitura de São Paulo, assim como a America Net, afirmam não coletar nenhum tipo de dado pessoal durante a navegação. A empresa vai, no entanto, analisar dados que dizem respeito ao controle da qualidade do serviço, como velocidade de conexão, usuários simultâneos, consumo total de banda e pontos de acesso.
Embora a America Net esteja tocando a implantação de pontos, a prefeitura permite a exploração do serviço por mais de uma empresa nos mesmos locais. O edital, portanto, continua aberto, até 24 de maio.
Segundo a prefeitura, a Zona Leste é a região que vai receber o maior número de pontos: serão 222. A Zona Oeste terá 65. A Norte, 113. A Sul, 173. O Centro terá 48.