Algar colhe resultados positivos no trimestre

Concessionária mineira cresceu em receita, lucro, EBITDA e usuários. Apenas em TV paga encolheu no período.

Logo_Algar propA concessionária mineira Algar Telecom fugiu à regra dos balanços das operadoras brasileiras e registrou desempenho positivo no segundo trimestre de 2016. Diferentemente de seus concorrentes, a companhia cresceu em receita, lucro, EBITDA, usuários. Mas o endividamento cresceu.

A receita bruta aumentou 8,1% em relação ao segundo trimestre de 2015, atingindo R$ 813,4 milhões. O segmento de telecomunicações cresceu 8,4%, somando R$ 590 milhões, enquanto o de TIC e BPO faturou R$ 223,3 milhões (+7,2%). A receita líquida aumentou 4,8%, para R$ 624,4 milhões.

Já o lucro antes de impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 11,4% no segundo trimestre de 2016, em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 177,1 milhões. O lucro líquido ficou em R$ 41,3 milhões, 20,4% maior.

Contribuíram para o bom desempenho o aumento da procura por banda larga com velocidades acima de 10 Mbps. Segundo a empresa, mais de 53% das adesões em banda larga fixa aconteceu nas velocidades mais altas. Também ajudou o aumento da margem em Telecom, que cresceu 3 p.p. em um ano, e atingiu 36% no trimestre, além da melhor demanda no segmento B2B, que cresceu 24%.

A empresa cresceu em quantidade de assinantes, também. Aumentou os usuários de banda larga fixa em 9,3%, em telefonia fixa em 11,6%, em móvel em 4,9%. Apenas em TV paga registrou saldo negativo, com desligamento de 9,7% dos usuários. Ao todo, a Algar tem 3,38 milhões de unidades geradoras de receitas.

Os investimentos também foram maiores no período. Somaram R$ 141 milhões, ante R$ 98,4 milhões no segundo trimestre de 2015. A maio parcela (71%) foi destinada à expansão das redes. O restante, foi para manutenção ou expansão dos serviços de TIC e BPO.

A dívida bruta consolidada aumentou 11,8%, para R$ 1,52 bilhão. A líquida cresceu 13,3%, para R$ 1,33 bilhão. “Resultado do consumo de caixa para fazer frente aos investimentos realizados pela Companhia no 1º semestre e pela emissão de debênture efetuada em jun/16, no valor de R$ 210 milhões, que será utilizada para ‘fontear’ os investimentos do 2º semestre de 2016”, explica a empresa no relatório.

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Rafael Bucco

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