5G para redes privativas contribui para lucro 22% maior da Nokia no 3º tri

Nokia reportou os resultados no 3º tri, no qual só não registrou melhores margens devido ao vencimento de contratos de licenciamento tecnológico

Nokia - crédito: divulgação

A Nokia divulgou nesta quinta-feira, 20, aumento de 22% no lucro do terceiro trimestre do ano (3T22) em função das boas vendas em redes móveis e redes 5G privativas. O lucro líquido da fabricante finlandesa de equipamentos para redes foi de € 428 milhões.

O CEO da companhia Pekka Lundmark, claro, elogia os próprios resultados. Afirma que são fruto dos planos traçados para a guinada do grupo, que ficou mais focado em 5G, setor corporativo e redes ópticas nos últimos anos.

No entanto, a margem da empresa caiu de 11,7% para 10,5%, na comparação anual. Segundo ele, a lucratividade não cresceu porque houve no período vencimentos contratuais da unidade de licenciamento de patentes, a Nokia Technologies.

A companhia registrou receitas de € 6,24 bilhões no terceiro trimestre, 16% a mais que no mesmo período de 2021. Ampliou investimentos em pesquisa em 12%, para € 1,16 bilhão.

Áreas

O melhor resultado da companhia veio da unidade móvel, em que teve expansão de 22% nas receitas, para € 2,85 bilhões. O desempenho foi influenciado pelo câmbio. Sem este fator, o desempenho nas redes celulares também foi a melhor do grupo, com alta de 12%.

“Estamos com forte crescimento na divisão para Empresas, na qual ganhamos 30 contratos de redes privadas no trimestre e um novo grande contrato de roteamento IP. Esperamos que a área continue a registrar a mais rápida expansão dentro do grupo”, afirmou Lundmark.

No segmento de infraestrutura de rede, a empresa cresceu 15%, faturando € 2,21 bilhões. Em produtos para nuvem e serviços, expandiu 7%, para € 801 milhões em vendas. Já a área de patentes encolheu 17% e teve receitas de € 305 milhões devido ao vencimento de contratos ainda não renovados, como dito acima.

Previsão para o ano e além

Segundo a Nokia, as receitas em 2022 somarão de € 23,9 bilhões a € 25,1 bilhões. A margem operacional ficará entre 11% e 13,5%. Lundmark também comentou que a Nokia superou os problemas com escassez de componentes e retomou o ritmo natural de produção, o que contribuiu para o bom resultado.

Mas observa aumento das incertezas geopolíticas e macroeconômicas no mundo. Caso isso se confirme, ele diz que o maior afetado em 2023 será o Capex – o investimento da companhia em pesquisa e inovação.

A companhia segue prevendo ampliação dos mercados ano que vem. “Considerando nosso recente sucesso em regiões como a Índia, esperamos um salto em 2023 e nos vemos capazes de superar o mercado”, afirma.

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Rafael Bucco

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