Qualcomm avalia compra da rival Intel, diz jornal

Interesse de aquisição da Qualcomm ocorre em meio à crise pela qual a Intel atravessa; se acertado, negócio ainda terá que passar por avaliação antitruste
Qualcomm aborda Intel com interesse de compra, diz jornal
Aquisição da Intel, forte no mercado de PCs, complementaria negócios da Qualcomm (crédito: Reprodução)

A fabricante de processadores Qualcomm está em negociação para adquirir a Intel, aproveitando uma oportunidade de mercado decorrente da crise pela qual a rival atravessa, apontam jornais norte-americanos.

O valor de mercado da Intel, por volta dos US$ 90 bilhões, caiu para menos de US$ 100 bilhões neste ano pela primeira vez em três décadas, tendo em vista que a empresa ficou para trás das concorrentes, sobretudo, no mercado de chips para Inteligência Artificial (IA). A Qualcomm, por sua vez, é avaliada em cerca de US$ 185 bilhões.

O potencial negócio, caso se concretize, ocorrerá em meio a uma das maiores crises da história da Intel, que já foi a empresa de chips mais valioso do mundo.

Em agosto, a companhia anunciou a demissão de aproximadamente 15 mil funcionários, após registrar prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,86 bilhões) no segundo trimestre. A Intel também se comprometeu a reduzir as despesas operacionais e os investimentos de capital em mais de US$ 10 bilhões (R$ 55,39 bilhões) até 2025.

Implicações de mercado

Segundo o The Wall Street Journal, a Qualcomm ainda não fez uma proposta efetiva de aquisição, com a negociação ainda na fase de abordagem.

De todo modo, a publicação indica que, mesmo que a Intel seja receptiva, é quase certo que um acordo dessa dimensão teria que passar por avaliação antitruste. No entanto, tendo em vista o interesse do governo norte-americano de fortalecer a competitividade de suas empresas, a união de forças poderia trazer vantagens ao setor de chips do país.

A Qualcomm se destaca por manter a liderança no mercado de processadores para smartphones. Os chips da empresa abastecem, por exemplos, os aparelhos iPhone, da Apple. A transação pode ampliar significativamente a atuação da empresa, tendo em vista que a Intel ainda é dominante no segmento de computadores pessoais e servidores.

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Da Redação

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