Novos controladores dizem não ter objetivo de mudar administração da Oi

Os novos controladores da Oi, fundos PIMCO, SC Lowe e Ashmore, dizem que não farão mudanças já não previstas no plano de recuperação judicial

Foto: Freepik

Os fundos PIMCO e SC Lowy, credores e agora sócios controladores da Oi, comunicaram ontem, 20 de novembro, que atingiram participação relevante na empresa após a conversão de dívida em fatia acionária.

A Pacific Investment Management Company (PIMCO), do Delware (EUA), recebeu 120,42 milhões de ações da Oi. Com isso, passou a deter 36,5% da companhia. Já a SC Lowy Primary Investiments, das Ilhas Cayman, recebeu 40,98 milhões de ações, ficando com 12,3% do capital social.

As aquisições das participações societárias decorrem da capitalização de créditos detidos contra a Oi, no âmbito do aumento de capital previsto no plano de recuperação judicial aprovado pela assembleia geral de credores da tele em abril e homologado pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em maio. Os representantes legais no Brasil dos Fundos PIMCO são o Citibank e o JPMorgan. Da SC Lowy, apenas o Citibank.

Nos comunicados, os controladores dizem que “não têm o objetivo de atingir qualquer participação acionária em particular ou alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da Companhia, exceto se nos termos e condições do Plano de Recuperação Judicial”. Conforme o plano de recuperação, haverá nova eleição para conselho de administração da empresa, além da possível venda de mais ativos do grupo.

Outro novo acionista relevante, fundos constituídos pela Ashmore Investment Advisors Limited, anunciou na semana passada, 14, a obtenção de 31,29 milhões de ações, ou 9,48% do capital da Oi. Como os demais, também é representado legalmente pelo Citibank. E também informou não ter planos de promover nenhuma alteração na direção da empresa que já não esteja prevista no plano de recuperação judicial.

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Rafael Bucco

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