Algar e seu sócio Cingapura GIC podem querer a Oi. Fixa.

As ações da concessionária tiveram alta hoje, 29, depois de notícia do jornal O Globo de mais interessados pelos ativos da Oi.

As ações da Oi subiram no pregão de hoje, 29, depois da notícia do jornal O Globo de que a Algar Telecom e o Cingapura GIC, fundo soberano, que já possui 25% da operadora mineira, entraram também na disputa pelos ativos da Oi.

A informação publicada no jornal é de que os dois sócios estariam interessados em disputar com as demais operadoras Vivo, TIM e Claro as operações móveis da Oi, cujo valor mínimo estipulado é de R$ 15 bilhões – mas fontes do mercado informaram ao Tele.Síntese que o interesse do grupo seria para se tornarem sócios das operações fixas da concessionária

Em seu aditamento ao Plano de Recuperação Judicial (PRJ), apresentado no início deste mês, a Oi apresenta uma nova proposta de desmembrar sua estrutura fixa em duas empresas. Uma delas, a InfraCo, a empresa que será criada para deter toda a rede óptica (de transporte e acesso) do grupo. E a Oi admite ficar até minoritária nessa transação, podendo vender entre 25,5% a 51% do capital total dessa empresa de fibra óptica, ao preço de até R$ 22,5 bilhões.

Embora a Algar Telecom mantenha operações móveis em sua área original de atuação- pouco mais de 100 municípios de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, e São Paulo- o grupo tem intensificado a sua atuação para diferentes cidades brasileiras com a construção de rede e oferta de banda larga fixa, além de serviços profissionais para o mercado corporativo.

A Algar Telecom já foi dona de operações móveis no Rio de Janeiro e Espírito Santo,  mas com o movimento de concentração do mercado de telefonia móvel, acabou vendendo a empresa no início desse século.

Com o ingresso do fundo de Cingapura, há dois anos, a operadora tornou-se mais agressiva na aquisição de ativos de redes fixas. Adquiriu as redes de telecom da região Nordeste da Cemig e da pernambucana Smart Telecom. 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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