Vivo economizou R$ 200 milhões com uso de robôs

Operadora projeta mudança do perfil dos custos à medida que aumenta o leque de serviços prestados além do segmento de telecomunicações

David Melcon, CFO da Vivo, contou hoje, 12, a analistas de mercado que a operadora economizou R$ 200 milhões desde dezembro graças à automação de processos internos.

Conforme o executivo, atualmente a operadora tem 917 robôs em funcionamento, que realizam atividades de “front e back office”. Estes robôs têm taxa de acerto de 91%. Ou seja, em 91% das vezes, entregam os resultados esperados sem necessidade de intervenção humana.

A iniciativa de uso de robôs faz parte da estratégia de digitalização do grupo no Brasil, que abrange também mais vendas por canais digitais e mais atendimento ao cliente por maio de apps e sem contato humano.

Segundo a companhia, as vendas de banda larga por fibra óptica (FTTH) cresceram 83,6% nos canais digitais ao longo do último ano. Este resultado, ponderou, reflete também situações de isolamento e lockdown, que fecharam lojas momentaneamente em diferentes cidades. No celular, também houve aumento das vendas de planos via e-commerce nos últimos doze meses.

Quando ao atendimento menos dependente de humanos, Melcon contou que 19,4 milhões de clientes usam o app Meu Vivo, 2,7% a mais que um ano atrás. Além disso, 88% da base da operadora já adotou o e-billing, 13,6 p.p. a mais que no primeiro trimestre de 2020. E 65% dos pagamentos recebidos já são feitos por plataformas digitais.

Custos e Capex

O executivo explicou ainda que a digitalização e o novo modelo de negócio, em que a empresa se torna um hub de serviços variados além de telecomunicações para seus clientes, tende a alterar o perfil dos gastos. Os custos de operação vão cair, enquanto os custos com serviços e produtos  vendidos vão aumentar.

Tal fenômeno já se vê no resultado do 1º trimestre de 2021. A empresa manteve custos totais estáveis em R$ 3,39 bilhões. Para houve aumento de 19,5% dos custos com serviços e produtos vendidos, e retração de 6,5% dos custos da operação.

Já o Capex da companhia ficou em R$ 1,94 bilhão no trimestre, 18% maior que um ano atrás. Segundo Melcon, o dinheiro foi aplicado na rede FTTH e implantação de fibra até as torres móveis do grupo. Atualmente, 90% das torres das 50 maiores cidades do países são servidas por fibra.

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Rafael Bucco

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