Vem aí consulta para o fim do regulamento do cartão indutivo do orelhão

Devido à drástica redução no uso de orelhões, não existe mais no Brasil qualquer fabricante do cartão indutivo, o cartão com a tecnologia nacional que é usado aqui. Depois da tentativa frustrada de usar a alternativa do calling card. Ou o cartão de chamada, cuja consulta pública foi lançada em fevereiro do ano passado, e depois engavetada, há muito a Anatel devia uma solução para esse dilema, que parece estar surgindo agora com essa consulta pública.

Conforme a análise o conselheiro Otávio Rodrigues, a consulta será lançada por 20 dias, e a ideia é acabar com a regulamentação de certificação e homologação de cartão indutivo e adotar a lista de requisitos técnicos de produtos de telecomunicações.

Segundo Rodrigues, com essa medida, “o processo para estabelecer requisitos é mais rápido que o processo para aprovação de regulamentação e permite o acompanhamento do lançamento de novas tecnologias de forma mais célere e não haverá barreiras regulamentares para a entrada de produtos com novas tecnologias, uma vez que a rápida atualização dos requisitos permitirá a certificação dos produtos em menor tempo”.

Além disso, ressaltou, os requisitos serão compulsórios e estabelecidos por meio de referências, na Lista de Requisitos Técnicos de Produtos para Telecomunicações, com base em recomendações técnicas internacionais, o que fará com que os produtos oferecidos no mercado brasileiro contem com as mesmas tecnologias que as oferecidas em outros países.

O Calling Card

Embora o calling card oferecesse a chance de se faturar por minuto, e não por crédito, como ocorre hoje com o cartão indutivo, e não levaria à mudança nos aparelhos instalados (o grande problema para as concessionárias é mexer com o legado) o calling card não deu certo porque  o usuário teria que digitar entre 8 a 14 números antes de cada chamada, o que realmente seria um grande desconforto, e a proposta foi então abandonada.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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