Veja em quais cidades o 5G da Vivo funcionará

Vivo alerta, porém, que experiência inicial da 5G baseada em DSS, como a atual, não faz jus ao que se espera alcançar quando a companhia tiver à disposição blocos maiores e contínuos de espectro para utilizar.

O CEO da Vivo anunciou hoje, 15, pela manhã que a companhia vai ativar sua rede 5G em oito cidades até o final do mês. Ao fim do dia, a operadora soltou mais detalhes da iniciativa. A quinta geração móvel estará disponível em áreas bem delimitadas das cidades de:

• São Paulo (SP) – nas regiões da Av. Paulista, Vila Olímpia e Berrini
• Brasília (DF) – no Eixo Monumental, Esplanada do Ministérios e Shoppings
• Belo Horizonte (MG) – na Savassi e em Afonso Pena
• Salvador (BA) – nas regiões de Pituba e Itaigara
• Rio de Janeiro (RJ) – nos bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon
• Goiânia (GO) – no Centro da cidade
• Curitiba (PR) – nas áreas do Centro Cívico, Alto da Glória, Batel e Água Verde
• Porto Alegre (RS) – nas regiões de Moinhos de Vento, Av. Carlos Gomes e Shopping Iguatemi

O anúncio é, por enquanto, o maior feito por operadoras brasileiras. Nesta semana, a Claro ativou sua rede 5G em bairros de São Paulo e do Rio de Janeiro. Enquanto a TIM avisou que em setembro vai lançar a rede nas cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS).

5G, mas não em sua máxima potência

A tecnologia utilizada por todas as operadoras é a Dynamic Spectrum Sharing (DSS), que faz a alocação dinâmica do espectro utilizado nas rede 4G para a 5G. Ou seja, a tecnologia usa um pedaço da frequência atual da operadora para entregar aos usuários com celular compatível uma conexão 5G. Os demais, seguem usando o 4G normalmente.

A empresa vai usar as frequências de 2.600 Mhz, 1.800 Mhz e 700 Mhz, de acordo com a disponibilidade por cidade. Como o 5GDSS é habilitado nas frequências já existentes, os equipamentos são aqueles já instalados pela Ericsson e da Huawei para a companhia.

Em comunicado enviado à imprensa, a Vivo alerta, no entanto, para o fato de que as redes 5G que usam a tecnologia DSS terão velocidade maior que a 4G, mas abaixo da 5G “pura”.

“A partir desta tecnologia é possível compartilhar, de forma dinâmica, o espectro 3G e 4G não utilizado para prestar o serviço 5G. Contudo, como este espectro não possui uma banda contínua e dedicada, a experiência do 5G ainda não poderá ser sentida em sua totalidade”, explica a companhia.

A melhor experiência em 5G virá mais tarde, diz a empresa, e depende também de políticas públicas, como a aprovação pelas prefeituras de leis que facilitem a instalação de antenas de pequeno porte (small cells).

“A Vivo entende que uma rede 5G de máxima potência terá que ser muito mais densa que as redes de gerações anteriores, com dezenas de milhares de small cells para servir uma cidade”, diz. E completa: “No Brasil, a real experiência de 5G virá com o leilão de 3,5Ghz, com largura de banda de pelo menos 100 MHz, provavelmente a ser realizado no início de 2021”.

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Rafael Bucco

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