Uso de bancos digitais mais que dobra, mas não supera os tradicionais

Entre os adeptos dos bancos digitais, o serviço preferido é o Pix. Já entre os bancos tradicionais, o mais utilizado é o cartão de débito.
Uso de bancos digitais mais que dobra, mas não supera os tradicionais - Crédito: Freepik
Crédito: Freepik

Os bancos digitais têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil. É o que mostra estudo feito pela Akamai Technologies, empresa de cloud e cibersegurança, em parceria com a Cantarino Brasileiro, com mais de mil brasileiros, para entender os principais hábitos dos clientes de bancos em todo o território nacional. O estudo “A experiência dos clientes dos principais bancos brasileiros em 2022” revelou que 70% dos entrevistados possuem conta tanto em banco tradicional quanto em banco digital.

Na mesma pesquisa realizada em 2020, esse número era de apenas 37%. Já o número de clientes que possuíam conta apenas em banco tradicional caiu de 57%, em 2020, para 21% em 2022. Com isso, é possível notar a forte tendência do consumidor em incorporar o digital no seu dia a dia. O crescimento do digital é esperado e observado ano a ano, mas o que surpreende é que 3% dos que tinham conta apenas em banco digital, acabaram também adotando uma conta em um banco tradicional neste ano, algo que não havia sido visto nos anos anteriores.

Na visão de Claudio Baumann, Diretor Geral da Akamai Technologies para América Latina, as facilidades proporcionadas pelos bancos digitais são os diferenciais que favorecem o movimento de migração. “A comodidade que a tecnologia possibilita é de fato um elemento que gera vantagem na hora de comparar e escolher. Poder controlar o acesso aos seus dados pela palma da sua mão acaba conquistando o público, principalmente os mais jovens” explica Claudio.

Apesar do crescimento na adoção de contas em bancos digitais, os tradicionais ainda dominam o mercado, sendo a conta principal de 66% dos entrevistados, apenas 34% dos clientes declaram ter a sua conta principal em um banco digital. Um fator diretamente relacionado com a escolha é a faixa etária do utilizador. O relatório também revela que em relação aos 66% que optam pelo branco tradicional como conta principal, 79% têm mais de 40 anos.

Novidades financeiras adotas pelos usuários

O Pix sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, entrou em operação em setembro de 2020. A adoção da nova tecnologia foi rápida: em um ano, a mudança foi drástica saindo de 82% que não conheciam o novo meio de pagamentos instantâneos (2020) para 82% afirmando já ter sua chave Pix cadastrada (2021). Esse ano, a pesquisa revela que esse número subiu para 92%.

Em 2021 o Whatsapp Pay começou a funcionar, permitindo a iniciação de pagamentos por meio do aplicativo. Segundo a pesquisa deste ano, 31% dos entrevistados afirmam utilizar o serviço do Whatsapp para transações financeiras.

Hábitos do cliente bancário

Entre os adeptos dos bancos digitais, o serviço preferido é o do Pix e o menos utilizado é o de conta poupança. Já entre os bancos tradicionais, o serviço com maior número de clientes utilizando é o de cartão de débito e o com menor volume de uso é o de investimentos diversos. A pesquisa revelou que, quando se trata de poupança, o brasileiro ainda prefere deixar o dinheiro guardado num banco tradicional, em média 17% dos que usam bancos tradicionais utilizam a poupança, enquanto nos digitais é apenas 5%. A conta corrente também ainda é um serviço mais usado nos bancos tradicionais (16%) do que nos digitais (14%).

Os aplicativos móveis seguem sendo a principal forma de acesso aos serviços bancários, se mantendo quase na proporção de 2021, de 76% para 77% em 2022. O internet banking vem em segundo lugar, utilizado por 39% dos entrevistados.

Apesar das mudanças nos últimos anos, tarifas baixas, segurança de dados e facilidade de acesso seguem como principais critérios para escolha de uma instituição financeira. A pesquisa desse ano mostra que os critérios para escolha de um banco estão mais pulverizados, ainda que as tarifas continuem sendo o atributo mais importante, com 56%, houve uma queda de 15 pontos percentuais em comparação a 2021. Isso demonstra que outros fatores se tornaram igualmente importantes, e que a quantidade média de atributos avaliados pelos entrevistados para a escolha do banco cresceu.

(com assessoria)

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Redação DMI

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