UnB vai estudar o impacto da Open RAN nas redes brasileiras

Anatel contratou a universidade para realizar 10 estudos sobre os reflexos da chegada do padrão Open RAN. Relatórios serão elaborados ao longo dos próximos dois anos e devem resultar em sugestões de criação de políticas públicas.

O Conselho Diretor da Anatel decidiu, na semana passada, contratar a Universidade de Brasília (UnB) para realizar 10 estudos profundo sobre os impactos da implantação de rede Open RAN no Brasil. O contrato prevê pagamento de R$ 2,97 milhões e desenvolvimento dos relatórios ao longo de 24 meses.

A contratação é resultante de proposta feita no âmbito do grupo de trabalho sobre o assunto, em funcionamento na agência desde abril e coordenado por Vinícius Caram, superintendente de Outorga e Recursos à Prestação. O GT fez seu próprio relatório, divulgado recentemente, o qual concluiu que o padrão aberto ainda demora cinco anos para ganhar maturidade.

O material será usado pela Anatel para propor regulamentos ou maneiras de fomentar o avanço da tecnologia no país. Os estudos se dividem em três eixos: regulatório, econômico e tecnológico. A lista do que deverá ser feito segue abaixo:

  1. Estudo sobre Estado da Arte do Open RAN aplicado ao ecossistema de Telecomunicações brasileiro
  2. Estudo sobre interoperabilidade e profiles no Open RAN
  3. Estudo sobre adequação de novas tecnologias aos conceitos Open RAN
  4. Estudo sobre o Open RAN em redes com tecnologia 4G ou inferiores
  5. Estudo sobre os requisitos de segurança das soluções de Open RAN
  6. Estudo sobre impactos do Open RAN no mercado de telecomunicações brasileiro
  7. Estudo sobre valores agregados pelo Open RAN ao mercado de serviços de telecomunicações brasileiro
  8. Estudo sobre necessidade de capacitação de mão de obra para o mercado nacional
  9. Estudo sobre eventuais barreiras legais e infra legais ao desenvolvimento do OPEN RAN
  10. Estudo sobre Propostas de Política Pública

Pelo contrato, a UnB poderá executar todos os estudos por conta própria, ou chamar outras universidades para dividir o trabalho. Neste caso, ficará responsável pela coordenação e atingimento das metas de entregas em até dois anos dos estudos. Outras universidades já sendo contatadas para contribuir são UGO, de Goiás, e Unicamp (de Campinas – SP).

A contratação da UnB se dará por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED), que está previsto para ser assinado na quinta-feira, 11.

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Rafael Bucco

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